Sociedade

Lojas “low cost” espalham-se por Portugal

Cada vez mais áreas de negócio apostam no conceito "low-cost" para atrair clientes. Em plena crise, serviços de hotelaria, óticas e centros de estética assumem uma imagem moderna, mas apresentam preços mais competitivos graças ao uso de marcas branca
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Cada vez mais áreas de negócio apostam no conceito “low-cost” para atrair clientes. Em plena crise, serviços de hotelaria, óticas e centros de estética assumem uma imagem moderna, mas apresentam preços mais competitivos graças ao uso de marcas brancas e o corte nas despesas supérfluas.

Em época de verão, os portugueses que ainda se deslocam pelo país para usufruir das suas férias preferem, cada vez mais, instalar-se em “hostels”, as chamadas unidades de alojamento de baixo custo.

Em Faro, uma residencial familiar transformou-se num “Low Cost Inn” procurado por jovens de todo o mundo, o que garante aos proprietários casa cheia até no inverno.

“Depois de noutros anos termos sofrido grandes quebras na procura, desde que mudámos o nome não nos falta trabalho”, diz à agência Lusa Nasser Hussen, responsável pelo “hostel”.

No verão, uma cama numa camarata mista custa 15 euros por reserva antecipada, mas quem procura maior privacidade pode também alugar um quarto com casa de banho por 50 euros, sempre com direito a cacifo e Internet gratuita durante 24 horas.

Na mesma localidade algarvia está instalado o primeiro grupo de cabeleireiros de baixo custo do país, o “easyCut”. Um corte de senhora tem um preço base de dez euros e dura em média 20 minutos.
Além disso, o cliente é logo informado de quanto vai gastar para não ter surpresas no final, frisa o empresário Duarte Brito Figeuria, um dos quatro sócios da marca espanhola em Portugal.

O responsável acrescenta que a clientela é heterogénea, desde os mais abastados àqueles com menor poder de compra.
“Temos pessoas com mais poder de compra que usufruem do salão uma ou duas vezes por semana e outras com menos que nos procuram para serviços mais técnicos”, refere, notando que no salão da baixa de Faro se prestam em média 20 a 30 serviços diários.

Da mesma forma, as lojas de produtos óticos que, com a venda das chamadas marcas de “linha branca” e uma política de poupança em recursos humanos conseguem praticar preços de baixo custo.

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