Baseado numa apurada e extensa investigação, o livro “Histórias do Tejo”, da autoria do jornalista Luís Ribeiro, traz-nos as memórias de um rio que faz parte do nosso dia a dia, da nossa História e sobre o qual sabemos tão pouco.
O Tejo viu chegar os fenícios, os romanos, e foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques. Dele saíram caravelas e naus que levaram os portugueses até novos mundos. As suas águas assistiram, ainda, à queda da monarquia e à revolução dos Cravos. São estes os ingredientes do livro “Histórias do Tejo” (Esfera dos Livros) da autoria do jornalista Luís Ribeiro.
O maior rio ibérico foi testemunha e protagonista de episódios marcantes e cruciais da História de Portugal. Foi o rio Tejo que criou Lisboa, rodeado de fábulas e mistérios. Acolheu os primeiros agricultores, viu chegar os marinheiros fenícios, os romanos e foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques.
As suas águas assistiram a grandes e sangrentas batalhas navais, revoltas e atentados – nomeadamente em 1910, quando da queda da monarquia, ou na revolução dos Cravos. Devoraram barcos, sem dó nem piedade, e enfureceram-se em tempestades e cheias que fustigaram quem vivia nas suas margens.
Centro da atividade económica da cidade, pelo Tejo saíram caravelas e naus que nos levaram a conhecer novos mundos e chegaram princesas que se tornaram rainhas. D. Maria Pia ou D. Estefânia admiraram-se perante o colorido e a beleza do rio que as acolhia na sua nova casa. Ali morreram reis e rainhas suspiraram de melancolia.
Nas suas margens, as calhandreiras despejavam os dejetos dos lisboetas. O povo amontava-se para ver chegar visitas reais e admirar um Tejo engalanado, cheio de barcos e faluas, tornado numa verdadeira passadeira de sangue azul. Lendas nasceram na sua corrente e poetas, como Camões, Bocage ou o inglês Lord Byron, nela se inspiraram. Glória e tragédia. Mistério e intrigas. Vitória e derrota.
Sobre o autor
Luís Ribeiro nasceu em Lisboa em 1976. Vinte e três anos mais tarde, em 1999, integrou os quadros da revista Visão. Daí para cá, já fez reportagens um pouco de todo o mundo. Em 2004, venceu o prémio nacional de imprensa “Jornalismo pela Tolerância”, atribuído pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, com a reportagem “De Portugal, com amor”, feito na Ucrânia durante a Revolução Laranja. É casado e tem um filho.