As histórias daquela livraria são, por isso, muitas. José Fontana (que se suicidou no interior da loja), Antero de Quental e Aquilino Ribeiro são algumas das figuras cujas sombras permanecem vivas no interior da Bertrand.
Na quarta-feira desenhou-se mais um capítulo: a livraria exibe desde então o atestado do Guiness Book of Records, que prova a sua relevância histórica.
À agência Lusa, Paulo Oliveira, administrador do Grupo Bertrand Círculo, proprietário do espaço, disse que a loja do Chiado irá continuar como livraria "por mais 300 anos", já que "representa um património cultural inalienável".
Mais do que uma marca comercial, a Bertrand "simboliza a relação entre o leitor e o livro, em Portugal", referiu Paulo Oliveira ao lembrar as muitas tertúlias, lançamentos de livros, colóquios e debates que constituem um tesouro de vivências culturais daquele espaço.