Inaugura este mês, no Cais do Sodré, em Lisboa, um novo centro de atendimento para os sem-abrigo da capital, que vai fazer uma triagem e um acompanhamento das pessoas que vivem nas ruas.
Inaugura este mês, no Cais do Sodré, em Lisboa, um novo centro de atendimento para os sem-abrigo da capital, que vai reunir as várias organizações que trabalham na área. O objetivo é fazer uma triagem e um acompanhamento das pessoas que vivem nas ruas lisboetas.
O centro vai funcionar num edifício municipal, que acolhia serviços do departamento do Desporto, e será gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que comparticipou as obras interiores necessárias, num investimento superior a 108 mil euros.
As obras estão já terminadas, faltando apenas instalar os telefones e o sistema elevatório de escadas para deficientes, ainda a ser montado.
Dividido em dois pisos, o espaço conta, no rés-do-chão, com uma receção, uma sala de espera (que está a ser transformada em sala de pernoita em casos de emergência, como noites de muito frio), uma sala de enfermagem, um banco de roupas e seis salas de atendimento, uma das quais com uma área para crianças.
Já no andar superior estão instalados os gabinetes para os técnicos das diferentes instituições que ali vão trabalhar e que são “todas as instituições que trabalham com os sem-abrigo” no âmbito do Núcleo de Planeamento e Intervenção nos Sem-Abrigo (NPISA)., explica Rita Valadas, administradora da Ação Social da SCML, citada pela Lusa.
Segundo a responsável, este é um projeto conjunto da Câmara de Lisboa, SCML e Segurança Social com o propósito de facilitar a coordenação entre os diferentes serviços que trabalham com esta população e, simultaneamente, proporcionar-lhes um atendimento mais complexo sem terem de andar de centro em centro.
Assegurando que “não há falta de recursos para a população sem-abrigo em Lisboa, há é um excesso de recursos mal utilizados, Rita Valadas espera que o novo espaço seja a resposta para muitos problemas.
De realçar que, durante uma visita ao centro, João Afonso, vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, adiantou que a autarquia está, entretanto, a preparar também a abertura de um centro de transição para os sem-abrigo em Santa Apolónia.
Tal como o Cais do Sodré, Santa Apolónia foi escolhida por não ser um local estranho aos sem-abrigo, ser acessível e ter zonas mais afastadas da área residencial.