O arrendamento de mais de 50 espaços comerciais em Lisboa a preços desde 135 euros por mês é o que propõe o novo programa "Renda XS = Espaço XL", resultado de uma parceria entre a EPUL e a InvestLisboa para apoiar novos empreendedores.
O arrendamento de mais de 50 espaços comerciais em Lisboa a preços desde 135 euros por mês é o que propõe o novo programa “Renda XS = Espaço XL”, resultado de uma parceria entre a EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa e a InvestLisboa com o objetivo de apoiar quem queira avançar para um negócio em tempos de crise ou redimensionar o que já tem.
As duas entidades vão, na próxima semana, no salão nobre da Associação Comercial de Lisboa, leiloar um total de 52 lojas distribuídas por locais como Entrecampos, Rua de São Bento, Vale de Santo António, Paço do Lumiar, Alta de Lisboa, Telheiras ou Rua do Benformoso, na Baixa, com diversas áreas, tanto em edifícios novos como reabilitados.
O valor base para a licitação será de 135 euros, devendo esta ser feita em intervalos de cinco euros. O valor final vai definir a mensalidade a pagar no primeiro ano de contrato, que irá aumentando progressivamente até atingir os 100% do valor de mercado ao fim de cinco anos.
Haverá, portanto, um “primeiro ano de embate atenuado” e só mais tarde se atingirá o preço real de mercado. “Espera-se que cinco anos seja o período necessário para que as pessoas ultrapassem esta fase mais difícil da economia”, explica Pedro Vicente, diretor de marketing da EPUL, em declarações ao Jornal de Negócios.
Empreendedores que arrendarem terão outros apoios
Além de uma renda mais reduzida do que as praticadas atualmente no mercado do arrendamento comercial, cujos preços continuam muito elevados, os empreendedores que fiquem com um dos espaços terão ainda direito a apoio gratuito a nível de workshops, preparação de planos de negócio, procura de fontes de financiamento ou parcerias, entre outros aspetos.
Os contratos de arrendamento de cinco anos poderão ser prorrogados por períodos de um ano. Os trespasses, por outro lado, estão excluídos do programa e, caso o negócio não resulte, o imóvel voltará às mãos da EPUL.
De acordo com Pedro Vicente, embora seja uma novidade, este programa não deverá ficar por aqui. “Estamos a fazer uma experiência, a ver a recetividade do mercado, e, se for boa, voltaremos a ter outras iniciativas do género já em 2013”, revelou ao Jornal de Negócios.
A ideia, adiantou, é apostar também no segmento dos escritórios. “Temos cerca de três dezenas para venda, mas nesta situação que o País atravessa não é razoável esperar vendê-los”, concluiu.
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