A capital portuguesa é conhecida pela arquitetura, pela cozinha e até pelos seus artistas contemporâneos, mas raramente é associada à moda, lê-se na introdução do artigo.
Contudo, “os homens de Lisboa têm uma maior preocupação com a sua aparência pessoal, além de que, historicamente falando, [os] produtos masculinos feitos à medida sempre foram uma parte integral da cultura [da moda] portuguesa”, diz Declan Eytan, que assina o artigo da Forbes.
“Além disso não faltam fábricas de produção locais e os estilistas mais conhecidos do país são famosos tipicamente pelas suas coleções masculinas”, acrescenta Declan.
O autor defende, assim, que o que trava a moda masculina portuguesa não é o estilo (ou a falta dele) nem de produtos de excelência, referindo também, a aposta de marcas internacionais, como a H&M, para filmarem anúncios de roupa em Portugal.
Trabalho reconhecido internacionalmente
A publicação norte-americana destaca as peças dos veteranos Miguel Vieira e Nuno Gama, ambos a completar 50 anos em 2016 e já conhecidos do circuito português, mas também de jovens promessas como a estilista Nair Xavier.
Mas nem só de vestuário vive a moda portuguesa, e os acessórios da “Made in Portugal” são também uma parte integral da cultura masculina.
O skate de carvalho, feito à mão, é apontado por ser “um meio de transporte para os homens mais distintos de Lisboa, desde que Nuno Rodrigues [responsável pela Stabörd & Co., que desenvolve estes equipamentos] assim o decidiu”.
É necessário promover mais e melhor
O obstáculo está, portanto, na comunicação dos produtos e das marcas. Para a Forbes, é essencial que os estilistas lisboetas invistam mais tempo em implementar novas ferramentas de marketing, mais visuais, para tornar a moda masculina portuguesa elegível num contexto global.
“Há muitos embaixadores locais para as marcas escolherem. As histórias de sucesso internacional dos portugueses passam pela indústria masculina da moda com os gémeos Sampaio e os irmãos Cabral, até ícones do desporto que incluem Cristiano Ronaldo e José Mourinho”, nota o autor.
“Ou seja, para tornar realidade este renascimento da moda portuguesa, Beckham não é para aqui chamado”.