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Lisboa: Novo terminal de cruzeiros pode gerar milhões

A cidade de Lisboa vai ter um novo terminal de cruzeiros que poderá fazer duplicar o tráfego anual de passageiros (atualmente nos 550.000, um número recorde) e gerar "centenas de milhões de euros".
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A cidade de Lisboa vai ter um novo terminal de cruzeiros que poderá fazer duplicar o tráfego anual de passageiros (atualmente nos 550.000, um número recorde) e gerar “centenas de milhões de euros”. 
 
A cerimónia de assinatura do contrato de concessão de serviço público da atividade de cruzeiros no terminal de cruzeiros de Lisboa, celebrado entre a APL – Administração do Porto de Lisboa e o consórcio vencedor do concurso internacional criado para o efeito, decorreu na passada quinta-feira em pleno cais de Santa Apolónia – Jardim do Tabaco.
 
Nos termos deste contrato, revela a câmara municipal de Lisboa em comunicado, o consórcio, composto pela Global Liman Isletmeleri (Turquia), pelo Grupo Sousa Investimentos SGPS Ldª (Portugal), pela Royal Caribbean Cruises Ltd. (EUA) e pela Creuers del Port de Barcelona S.A. (Espanha), obtém a referida concessão por um período de 35 anos.
 
Em contrapartida, terá como responsabilidade o pagamento das taxas acordadas, a construção de um novo  terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, que deverá acontecer segundo o projeto do arquiteto João Luís Carrilho da Graça, que venceu um concurso público mundial, e a requalificação do espaço público da zona envolvente, que custará cerca de 23 milhões de euros. 
 
Segundo a autarquia lisboeta, o contrato de concessão “prevê um crescimento sustentado do tráfego anual de passageiros (atualmente no número recorde de 550.000) para quase fazer duplicar o seu número em 10 anos e atingir mais de 1,5 milhões de passageiros” ao fim dos 35 anos previstos. 
 
A presidente da APL, Marina Ferreira, justificou a escolha do projeto de Carrilho da Graça para a terceira gare marítima de Lisboa – depois das de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos – com a “responsabilidade das boas práticas arquitetónicas” que caraterizam as duas gares já existentes, classificadas como património nacional, pode ler-se em comunicado. 


O novo terminal de cruzeiros vai ser construído de acordo com um projeto do arquiteto português João Luís Carrilho da Graça © CM Lisboa
 

Já o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, destacou que o dia da cerimónia foi “um dia feliz para a cidade”, já que “o turismo tem uma importância crescente na economia” da capital, exigindo “que existam infraestruturas de qualidade, quer portuárias, quer aeroportuárias”.
 
António Costa frisou que está em causa não apenas um novo terminal de cruzeiros, mas “uma peça arquitetónica icónica, do mesmo arquiteto que fará a reabilitação do campo das cebolas e da Doca da Marinha”. Após este processo, “toda a frente ribeirinha de Lisboa, de Santa Apolónia a Belém, estará requalificada, permitindo uma nova relação entre a cidade e o rio”.
 
António Costa lembrou que aqui surgirá não apenas um novo Terminal de Cruzeiros, mas também uma “peça arquitetónica icónica, do mesmo arquiteto que fará a reabilitação do campo das cebolas e da Doca da Marinha”, pelo que, após esta reabilitação, “toda a frente ribeirinha de Lisboa, de Santa Apolónia a Belém estará requalificada, permitindo uma nova relação entre a cidade e o rio”. 
 
A cerimónia contou ainda com a presença do ministro da Economia, António Pires de Lima, que considerou a assinatura do contrato de concessão “o início de uma era de relançamento da atividade de cruzeiros em Lisboa”.
António Pires de Lima aproveitou para elogiar “a excelência da arquitetura e da engenharia portuguesas” no projeto do novo terminal e na reabilitação desta área de Lisboa, defendendo que “o turismo é essencial para o processo de recuperação económica”. 
 
“Não tenho dúvidas de que este consórcio vai criar as bases para o crescimento económico e para o desenvolvimento da região”, antecipou o governante, que prevê que os benefícios financeiros para a capital portuguesa venham a ser muito significativos.
 
“O turismo de cruzeiros gera, atualmente, por ano, cerca de 60 milhões de euros. Com esta obra e com os efeitos multiplicadores do turismo poderemos falar de ganhos de centenas de milhões de euros”, perspetivou.

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