A Câmara de Lisboa vai investir quatro milhões de euros na recuperação da biblioteca do Palácio Galveias, na deslocação da de Alvalade e da Hemeroteca e ainda na construção de um novo espaço em Marvila até 2013.
A Câmara de Lisboa prepara-se para dar às bibliotecas da cidade uma nova vida. Para o fazer, a autarquia vai investir quatro milhões de euros na recuperação da biblioteca do Palácio Galveias, na deslocação da de Alvalade e da Hemeroteca e ainda na construção de um novo espaço em Marvila até finais de 2013.
A notícia é avançada pela Lusa, que escreve que as obras se inserem no programa estratégico Bibliotecas XXI, aprovado esta quarta-feira em reunião de câmara e que pretende, até 2024, dotar a cidade de oito “bibliotecas-âncora” e 18 de bairro.
Citada pela agência noticiosa, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, explicou que o objetivo do programa é “um novo reordenamento das bibliotecas de Lisboa por todo o território”, uma vez que estas “não acompanharam o movimento de modernização que se verificou no país”.
Em suma, esclareceu a autarca socialista, o propósito é “trazer as bibliotecas ao século XXI”, transformando-as em “centros culturais de proximidade” que comportem não apenas as “valências tradicionais” mas também “políticas ativas de combate à literacia e à exclusão” e espaços “como pequenos auditórios e áreas expositivas”.
Entre as medidas a tomar está a requalificação e a amplificação da biblioteca do Palácio Galveias, a instalação da antiga Biblioteca de Alvalade no Palácio dos Coruchéus – situado junto de espaços de artes como ateliês – e ainda a deslocação da Hemeroteca para o complexo desportivo da Lapa, que assim se transformará num “complexo desportivo e cultural”. Finalmente, a Câmara prevê construir uma nova biblioteca-âncora em Marvila.
Segundo Catarina Vaz Pinto, as intervenções, cujo financiamento provém do Programa de Intervenção Prioritária em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU) estarão concluídas até ao término do mandato, que ocorrerá em finais de 2013.
Nos próximos 12 anos a Câmara espera dar à cidade outras oito bibliotecas-âncora, sendo prioritárias as da Alta de Lisboa, Marvilha e Benfica (na antiga Fábrica Simões) 18 bibliotecas de bairro. De salientar que, em 2011, cerca de 700 mil utentes visitaram as bibliotecas lisboetas.