Depois do eixo Cais do Sodré - Santa Apolónia, a recuperação da zona ribeirinha da cidade poderá culminar na criação de uma praia urbana em Belém. A ideia foi lançada pela autarquia à junta de Freguesia.
Depois do eixo Cais do Sodré – Santa Apolónia, a recuperação da zona ribeirinha da cidade poderá culminar na criação de uma praia urbana em Belém. A ideia foi lançada pela autarquia à junta de Freguesia.
Fernando Ribeiro Rosa, presidente da junta de Freguesia de Belém disse, quinta-feira passada, à agência Lusa que a autarquia pretende criar uma praia urbana no Parque das Missas, situado junto à estação fluvial, após obras de requalificação no local.
“A intenção é tentar fazer uma pequena praia de cidade naquele local”, disse Fernando Ribeiro Rosa, salientando que este projeto visa “otimizar” o parque situado entre o Jardim Afonso de Albuquerque, o Palácio de Belém e o rio Tejo.
A autarquia pretende, assim, “aproveitar a zona” e criar um espaço “onde as pessoas se possam refrescar”, referiu. Para isso, deverá ser colocada uma “estrutura com água” juntamente à zona com relvado, mantendo porém o caminho da frente ribeirinha, adiantou o presidente.
Sem especificar datas ou orçamentos, o autarca explicou que a infraestrutura que está a ser estudada com o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, mas deverá ser semelhante à que existe na zona da Expo, freguesia do Parque das Nações, junto ao Teatro Camões.
Caravanas já saíram do local
Porém, antes de implementar esta infraestrutura, será necessário reabilitar o local, que está atualmente degradado, nomeadamente na calçada. “Queremos dar dignidade ao local, para que deixe de ser um parque selvagem”, assinalou o presidente, referindo-se ao estacionamento ilegal de autocaravanas.
Na semana passada, o Parque das Missas foi encerrado para realizar estas intervenções. Segundo a junta de Belém, o parque também era usado “por entidades privadas para a realização de eventos, geralmente de promoção de marca ou do tipo exposição ou ainda de diversão”, autorizados pela Câmara de Lisboa.
Estas duas situações levaram à “degradação” da zona que é “altamente turística e enquadrada na área monumental de Belém”, assinalou a junta.
Por conseguinte, foi pedido aos caravanistas que abandonassem o local, para que esta autarquia o pudesse vedar, estando agora a “avaliar o estado do piso para poder orçamentar a sua reparação”.