O novo Terminal de Cruzeiros vai ser construído em Santa Apolónia de acordo com um projeto do arquiteto João Luís Carrilho da Graça, vencedor de um concurso público internacional.
De acordo com as regras do contrato, o consórcio internacional constituído pela Global Liman Isletmeleri (Turquia), pelo Grupo Sousa Investimentos SGPS Ldª (Portugal), pela Royal Caribbean Cruises Ltd. (EUA) e pela Creuers del Port de Barcelona S.A. (Espanha) vai proceder também à requalificação do espaço público da zona ribeirinha envovente (entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré), numa obra de 23 milhões de euros.
Duplicar número anual de cruzeiros
Segundo informa a autarquia, em comunicado de imprensa, a concessão prevê um crescimento sustentado do tráfego anual de passageiros (atualmente no número recorde de 550.000), para quase fazer duplicar o seu número em dez anos e atingir mais de 1,5 milhões de passageiros no final da concessão.
Durante a cerimónia de assinatura do contrato, a presidente da APL, Marina Ferreira, sublinhou que esta será a terceira gare marítima de Lisboa (depois das de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos) e justificou a escolha do projeto de Carrilho da Graça pela “responsabilidade das boas práticas arquitetónicas” que caracterizam as duas gares existentes, classificadas como património nacional.
Agora, concluiu a presidente da APL, trata-se de “consolidar o crescente papel de Lisboa no mercado de cruzeiros e na economia marítima”.
António Costa anuncia elevador entre Santa Apolónia e castelo
Já o presidente da câmara António Costa lembrou que aqui surgirá não apenas um novo Terminal de Cruzeiros, mas também uma “peça arquitetónica icónica, do mesmo arquiteto que fará a reabilitação do Campo das Cebolas e da Doca da Marinha”.
Sendo assim, diz António Costa, após esta reabilitação, “toda a frente ribeirinha de Lisboa, de Santa Apolónia a Belém estará requalificada, permitindo uma nova relação entre a cidade e o rio”.
O autarca anunciou ainda que, à semelhança do percurso assistido por meios mecânicos (elevadores) entre a Baixa e o Castelo, irá surgir um outro semelhante, desta zona até ao castelo, através de Alfama.