A Linha Saúde 24 vai ter um novo serviço para quem quer deixar de fumar, sob orientação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). O acompanhamento será feito com conselhos e possível comparticipação de medicamentos, e arranca já no final de Setem
A partir de Setembro, a Linha Saúde 24 vai ter um novo serviço para quem quer deixar de fumar, sob orientação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). O acompanhamento oferece conselhos e possível comparticipação de medicamentos.
O responsável pela empresa que gere a Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, avançou à Lusa que já foi requerida uma reunião com a Direção-Geral de Saúde para a próxima semana.
A ação será coordenada com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia com base nas recomedações da Organização Mundial de Saúde.
Segundo Luís Pedroso Lima, a linha não se limitará a dar conselhos, uma vez que está provado que esse tipo de serviço tem pouca adesão por parte dos fumadores. A intervenção será “proativa”, ou seja, “além de receber chamadas, vai também fazer chamadas para reforçar a intenção de deixar de fumar”, explicou.
“O primeiro contacto servirá para aferir o nível de dependência e a motivação da pessoa para deixar de fumar. Os poucos motivados serão logo aconselhados a fazer uma consulta de cessação tabágica com um médico”, segundo Luís Pedroso Lima.
Serviço gratuito
A linha será gratuita e fará ainda um acompanhamento telefónico, com chamadas periódicas em dias definidos até ao dia estabelecido para “deitar fora o maço de cigarros e deixar de fumar”, explicou o responsável pela linha.
Por decidir está ainda uma possível criação de uma via verde que dá prioridade a quem liga para a linha no acesso à consulta e a comparticipação de alguns medicamentos para ajudar a deixar de fumar.
Apesar de admitir que algumas pessoas conseguirão deixar de fumar apenas com a força de vontade, Luís Pedroso Lima reconhece que a grande maioria necessita de apoio terapêutico, sobretudo de substâncias nicotínicas (pensos e pastilhas), mas também medicamentos sujeitos a prescrição médica.
A comparticipação dos medicamentos é uma possibilidade, visto que a proposta é a de que “semanalmente a instituição que gere a linha forneça pensos e pastilhas”, mas apenas enquanto a pessoa se mantiver no programa. Existe ainda a possibilidade da Linha Saúde 24 emitir um 'voucher' que pode ser usado na farmácia.
A linha não trará nenhum custo acrescido ao Estado, segundo Luís Pedroso Lima, porque está dentro do contrato anual da Linha Saúde 24.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes