O lince ibérico acaba de ganhar dois mil hectares de terrenos para viver nas regiões que constituem o seu habitat natural em Portugal, o que permitirá que, em breve, a espécie seja libertada em território nacional.
O lince ibérico acaba de ganhar dois mil hectares de terrenos para viver nas regiões que constituem o seu habitat natural em Portugal, o que permitirá que, em breve, a espécie seja libertada em território nacional.
A disponibilização destas áreas resulta da assinatura, presidida esta quinta-feira, em Mértola, pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, dos primeiros contratos entre o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e os proprietários de terrenos com vista à reintrodução destes felinos.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o secretário Miguel de Castro Neto afirma que este é “um passo decisivo no projeto, iniciando a definição geografica em estreita colaboração com os proprietários e gestores do local de reintrodução do lince ibérico”.
Com a assinatura destes protocolos, os proprietários mostram-se disponíveis para promover a espécie nos seus próprios terrenos – que correspondem ao habitat natural do lince.
Desta forma, poderão, segundo o ICNF, “ver as suas propriedades adquirir maior valor económico por via do interesse” que este que é um dos animais mais ameaçados do mundo “vai suscitar no turismo da Natureza, como aconteceu em Espanha”.
O esforço com vista à preservação do lince ibérico ficou também estabelecido com a assinatura do Pacto Nacional para a Conservação do Lince Ibéico, que foi subscrito pelos municípios de Penamacor, Moura, Beja e Silves, por associações de caça e outras entidades públicas e provenientes da sociedade civil.
Na mesma ocasião, Miguel de Castro Neto homologou ainda o Projeto SOS Coelho Bravo, financiado pelo Fundo de Conservação da Natureza no valor de 180 mil euros e que visa encontrar estratégias para estabilizar as populações desta que é a principal presa do lince ibérico.