Viver muito tempo sentado pode ser o novo fumar. Um estudo da Universidade de São Paulo, publicado no American Journal of Preventive Medicine (AJPM), revela que passar mais de três horas por dia sentado está relacionado, por ano, com 433 mil mortes prematuras – ou 3,8% de todas as causas de morte. A solução? Sentar-se menos.
Bastam menos 30 minutos por dia, ou menos 10% do tempo que passamos geralmente sentados, para aumentar a esperança média de vida. Mas quanto menos tempo sentado, melhor: reduções de duas horas, ou de 50%, têm até três vezes melhores resultados.
“Verificou-se que até mesmo as reduções mais modestas (10%) no tempo médio sentado, ou uma redução de 30 minutos por dia, pode ter um impacto instantâneo em todas as causas de morte nos 54 países avaliados”, diz Leandro Rezende, do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo, responsável pela investigação.
Na conclusão, o estudo reforça que não vale a pena frequentar um ginásio se, em contrapartida, a pessoa continua a passar a maior parte dos dias sentado – é mesmo preciso cortar no sedentarismo.
Os autores da investigação criticam o facto de, nos últimos anos, se estudar apenas os benefícios do exercício físico intenso, quando basta aumentar o exercício ligeiro – como passar mais tempo de pé ou a andar – para a mortalidade prematura ser contrariada.
Estudo britânico diz que abdicar da cadeira ajuda a perder peso
O estudo liderado pelo brasileiro Leandro Rezende, vem no mesmo sentido da investigação da Universidade de Chester (Reino Unido) que provou que por a cadeira do escritório de lado e trabalhar de pé equivale a fazer 10 maratonas ao longo de um ano.
