O Google e a farmacêutica suíça Novartis vão trabalhar em conjunto para desenvolver lentes de contacto capazes de medir o nível de açúcar no corpo humano
O Google e a farmacêutica suíça Novartis assinaram uma parceria para comercializar umas lentes de contacto que medem o nível de açúcar no corpo humano. A nova tecnologia evitará que os diabéticos tenham de recorrer ao tradicional teste de picar o dedo.
As lentes de contacto contêm dispositivos eletrónicos em miniatura que conseguem medir a glicose através do fluido lacrimal. A informação pode ser enviada para outros dispositivos, como o telemóvel.
O protótipo das lentes, desenvolvido por Brian Otis e Babak Parviz, já tinha sido apresentado pelo Google, em Janeiro. Na altura, os dois co-fundadores do projeto anunciaram que estavam abertos a parcerias a fim de avançar com a comercialização do produto, através da sua subsidiária Alcon, sediada no Texas (EUA).
De acordo com o comunicado de imprensa da farmacêutica, estas lentes podem ainda corrigir a visão das pessoas com presbiopia, conhecida como “vista cansada”, um problema que tende a surgir com a idade, ao facilitar a focagem do olho em objetos.
Lentes devem estar disponíveis dentro de 5 anos
“Estamos ansiosos por trabalhar com o Google para juntar a tecnologia avançada deles e o nosso extenso conhecimento de biologia”, afirmou o presidente executivo da Novartis, Joseph Jimenez. “Este é um passo fundamental para irmos além dos limites da gestão tradicional de doenças”.
A respeito das lentes de contacto inovadoras, Sergey Brin, fundador do Google, comentou: “O nosso sonho é usar a mais recente tecnologia de miniaturização electrónica para ajudar a melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas”. A diabetes é uma doença que afeta, segundo as autoridades mundiais de saúde, mais de 380 milhões de pessoas no mundo.
A parceria entre os dois gigantes, anunciada nesta terça-feira, está ainda sujeita a aprovação da FDA (Food and Drugs Administration, entidade reguladora de produtos médicos e farmacêuticos nos EUA) pelo que ainda não foi avançado um prazo para a comercialização das lentes, mas o presidente da empresa disse ao Financial Times que espera conseguir a aprovação de venda dentro de 5 anos.
Notícia sugerida por Maria Pandina