Com este novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, a Administração dos Portos do Douro e Leixões espera gerar cerca de 11 milhões de receitas por ano, em transportes, comércio, cultura e lazer.
A infraestrutura custou 20,6 milhões de euros tendo cumprido os prazos e os valores previstos. O terminal de cruzeiros, da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, foi financiado em 51% pelo Programa Operacional Regional do Norte.
Matos Fernandes, presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões, destacou a importância da obra para receber navios de cruzeiro de maiores dimensões.
Até agora, o Porto de Leixões apenas podia receber navios até 250 metros de comprimento, embora "a maior parte dos novos navios e dos navios que têm entrado nas rotas do Atlântico" tenham entre 250 e 300 metros, referiu Matos Fernandes.
A nova estrutura, com 343 metros, "permite receber estes novos navios" e multiplicar o número de passageiros que chegam a Leixões.
"Com 50 navios, 2010 foi o melhor ano do Porto de Leixões. Para 2011, estão previstos 60 navios, dos quais 15 têm mais de 250 metros. Para 2012, estão já marcados 27 de grandes dimensões. Só os tripulantes previstos para este ano são em maior número do que os passageiros que recebemos em 2010?, destacou o responsável da APDL.
Articulação com outros projetos
O projeto contempla o cais de cruzeiros, o edifício da estação de passageiros onde ficará instalado o Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto, um porto de recreio náutico para 170 embarcações e um cais fluvio-marítimo para acostagem de embarcações de itinerários turísticos no rio Douro.
Na inauguração, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, sublinhou que o que está a ser feito no Porto de Leixões "articula-se com outros investimentos no domínio rodoviário, ferroviário, aeroportuário", criando "condições importantes para valorizar a região, potenciar todas as suas capacidades e atrair novas atividades económicas".
Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, destacou na cerimónia que "esta inauguração cumpre rigorosamente a estratégia definida pelo Governo relativamente aos recursos marítimos".
Apesar da crise, o autarca está optimista: "Hoje, parece complicado acreditarmos no futuro de Portugal. Eu acredito claramente que é por este caminho que estamos a transformar definitivamente o país", afirmou, dizendo sentir que "há uma energia e uma vibração na nossa comunidade que faz com que se olhe para o futuro com confiança".