Os bebés que são amamentados durante, pelo menos, os primeiros seis meses de vida, correm menores riscos de obesidade durante a infância. A conclusão é de um novo estudo conduzido por uma universidade japonesa.
Os bebés que são amamentados durante, pelo menos, os primeiros seis meses de vida, correm menores riscos de obesidade durante a infância. A conclusão é de um novo estudo conduzido por uma universidade japonesa, que vem incentivar a promoção da amamentação, inclusive em países desenvolvidos.
A investigação, coordenada por Michiyo Yamakawa, da Universidade de Okayama, no Japão, analisou um conjunto amplo de dados a nível nacional resultantes de uma espécie de censo (o “Longitudinal Survey of Babies in the 21st Century”) e avaliou a frequência da amamentação nos seis meses após o parto.
No total, o estudo envolveu informações relativas a 43.367 bebés nascidos após as 37 semanas. Aqueles que ingeriram exclusivamente leite materno durante os primeiros seis a sete meses apresentavam uma probabilidade 15% menor de terem excesso de peso ao chegar aos sete anos e corriam 45% menos riscos de obesidade.
Aos oito anos, a redução do risco de excesso de peso era semelhante, mas as hipóteses de se tornarem obesos eram ainda menores, observando-se um corte de 55% nas probabilidades de obesidade infantil entre as crianças que foram amamentadas em vez de serem alimentadas com fórmula.
“A amamentação está associada a um menor risco de excesso de peso e obesidade entre as crianças em idade escolar, pelo que esta prática deveria ser incentivada mesmo em países desenvolvidos”, salienta Yamakawa, autor do estudo publicado na revista científica JAMA Pediatrics.
Os investigadores convidam, portanto, as restantes nações, a seguir o exemplo do Japão, onde a amamentação é sempre privilegiada, com mais de 20% das mães a alimentarem os bebés apenas com leite materno nos primeiros meses.
De realçar que, no âmbito deste trabalho, foram tidos em conta outros factores além da amamentação, nomeadamente o género das crianças ou o tempo que despendem a jogar computador e ver televisão, além de alguns dados relativos às mães, como as habilitações literárias, os hábitos tabágicos e a vida profissional.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).