Um grupo de cientistas argentinos clonou uma vaca capaz de produzir leite semelhante ao materno que poderá evitar a anemia nas crianças recém-nascidas que não podem ser alimentadas pelas mães.
Um grupo de cientistas argentinos clonou, a partir de genes bovinos e humanos, uma vaca capaz de produzir leite semelhante ao materno com o objetivo de ajudar na luta contra a mortalidade infantil, evitando a anemia nas crianças recém-nascidas que não podem ser alimentadas pelas mães.
Os investigadores da Universidade Nacional de San Martín (UNSAM) e do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina incorporaram na vaca Isa, clonada o ano passado, genes humanos “que codificam as proteínas presentes no leite humano, de elevada importância para a nutrição dos lactentes”, explicaram, em comunicado.
De acordo com Carlos Ruta, reitor da UNSAM, “esta é uma maneira de contribuir para a luta contra a mortalidade infantil, já que uma das proteínas – lactoferrina e lisozima – permite evitar doenças infecciosas do aparelho digestivo e outra assimiliar ferro”, protegendo os bebés.
Germán Kaiser, membro do grupo de Biotecnologia da Reprodução do INTA, salientou que a investigação “não procura substituir o vínculo mãe-filho durante o aleitamento” e sim ajudar “aqueles lactentes que, por várias razões, não têm acesso ao leite das suas mães”.
Os especialistas realçam que ainda há vários estudos específicos por desenvolver para confirmar que o leite é saudável e bom para consumo humano, mas mostram-se otimistas e acreditam mesmo que os descendentes de Isa poderão “herdar” os genes do animal e produzir leite com as mesmas qualidades.
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[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]