O consumo de laranjas e outros frutos cítricos pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres, concluiu um estudo europeu e norte-americano.
O consumo de laranjas e outros frutos cítricos pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres, de acordo com um estudo realizado por cientistas europeus e norte-americanos. A conclusão deve-se ao facto de estes alimentos serem ricos em flavononas, que possuem grandes benefícios nutricionais e preventivos.
O estudo, publicado na última quinta-feira no jornal Stroke, da American Heart Association, consistiu na análise de cerca de 70 mil mulheres com recurso a dados do Nurses' Health Study, que seguiu enfermeiras dos EUA desde 1976 para determinar fatores de risco para doenças cardiovasculares e cancro.
Os investigadores analisaram questionários com início em 1990, tendo observado que, desde essa altura, se assinalaram 1.803 acidentes vasculares cerebrais nas mulheres estudadas.
No entanto, as pesquisas desvendaram que as que consumiram elevada quantidade de frutos cítricos contendo flavononas apresentavam 19% menos risco de desenvolver coágulos sanguíneos e, consequentemente, de sofrer um AVC do que as restantes.
Além disso, as mulheres que ingeriram uma maior quantidade destes nutrientes também evidenciaram tendência para fumar menos e para praticar mais exercício físico, bem como propensão a um menor consumo de álcool e cafeína e de mais fibras, frutos e vegetais.
“O nosso estudo demonstra especificamente que as flavononas presentes quase exclusivamente em frutos cítricos parecem estar associadas a uma redução do risco de AVC”, explicou Aedín Cassidy, coordenador do estudo e professor de nutrição na Norwich Medical School, no Reino Unido, à CBS News.
Segundo Cassidy, a equipa acredita que os flavonóides – nos quais se integram as flavononas – são capazes de proteger contra AVC's através de vários mecanismos, entre eles um efeito anti-inflamatório e uma capacidade de melhorar o funcionamento das veias e, portanto, a circulação sanguínea.
No entanto, o especialista em nutrição alerta para a necessidade de realizar estudos mais aprofundados. O estudo em questão foi financiado pelos U.S. National Institutes of Health, sendo que alguns dos investigadoes tinham já recebido, no passado, fundos de companhias farmacêuticas para conduzir estudos relacionados com alimentos ricos em flavanonas.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).