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Para os diabéticos, a dor de picar a ponta do dedo ou outras partes do corpo para analisar o nível de glicose faz parte do quotidiano. Porém, esta realidade poderá vir a alterar-se futuramente, já que investigadores norte-americanos estão a estudar um novo método indolor que usa lágrimas em vez de sangue para fazer a medição.
O estudo, divulgado pelo Analytical Chemistry Journal, está a ser desenvolvido por engenheiros e médicos da Universidade de Michigan, nos EUA, e até agora só foi realizado em coelhos, mas os resultados são animadores.
Segundo os pesquisadores, foi encontrada uma forte correlação entre os níveis de glicose no sangue e nas lágrimas, o que sugere que a medição da glicose através da lágrima é uma potencial alternativa ao método atual.
Para que tal seja possível, o próximo desafio da equipa será criar um sistema que incorpore um sensor que funcione com pouca quantidade de fluidos, que não provoque a evaporação do líquido lacrimal e que não magoe o olho do paciente. Com esse sistema, seria apenas necessário encostar o sensor ao olho por uns segundos e verificar o resultado.
Mark Meyerhoff, coordenador da pesquisa, explicou que “poderá ser possível medir os níveis de glicose nas lágrimas várias vezes por dia, de forma a controlar as mudanças da concentração de açúcar no sangue sem a dor causada pela repetição do método invasivo usado hoje em dia”. Dor que desincentiva muitos diabéticos a fazer testes tão regularmente como seria recomendado.
Por agora, os cientistas terão de compreender se, nos humanos, o nível de glicose encontrado no sangue é também equivalente ao que se encontra nas lágrimas, de modo a apurar a viabilidade do método. Caso se comprove esta equivalência, estará aberto o caminho para o desenvolvimento de um sistema para o aplicar.
Clique AQUI para aceder ao estudo.
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