O mais prestigiado jornal norte-americano visitou a noite de Lisboa mas ficou longe dos destinos mais prováveis.
O mais prestigiado jornal norte-americano visitou a noite de Lisboa mas ficou longe dos destinos mais prováveis. O jornalista Seth Sherwood preferiu descobrir o lado alternativo da cidade dando destaque ao Hot Clube de Portugal, ao B.Leza, ao novo espaço Can the Can e ao café-restaurante Vinyl.
A grande estrela do artigo é o mítico Hot Clube de Portugal, na Praça da Alegria. O jornalista falou com frequentadores assíduos do espaço de jazz mais famoso de Lisboa que relataram, na primeira pessoa, o percurso carismático desta casa, incluindo o incêndio de 2009 e a sua posterior reabertura na mesma praça mas num novo edifício.
“O espaço foi recriado mas o espírito é o mesmo de sempre”, garante a finlandesa Eeva Tuuhea, que vive há vários anos em Lisboa e que foi entrevistada pelo jornalista. Seth Sherwood teve oportunidade de visitar o novo espaço e de assistir ao concerto do contrabaixista Carlos Bica que descreve como uma “paisagem sonora lindíssima, estranha e ‘avant-garde’”.
Depois da incursão sobre o lado mais jazzy da cidade, Seth percorre outros espaços alternativos, sublinhando que nos últimos anos Lisboa tem visto nascer inúmeras casas “inovadoras com música nova”, além de muitos dos antigos espaços terem “ressurgido das cinzas”, alguns literalmente, brinca o autor.
“Desde clubes íntimos para jantar, até armazéns para dança, a nova geração de espaços noturnos esta a enriquecer a capital portuguesa e a expandir o mapa dos sítios que os aficionados de música podem visitar”; diz o jornalista.
Para quem gosta de “música do mundo e variada e de comida portuguesa sofisticada, por exemplo, o jornalista aconselha uma visita ao café-restaurante Vinyl cujo menu inclui refeições mas também concertos.
Fado renovado e sons vindos de África
Seth quis esquivar-se do fado mas, claro, não teve hipótese. Mesmo assim, apontou para um espaço onde a música mais típica da cidade se reveste com novas roupas e sonoridades.
No Can the Can, um restaurante-galeria que também funciona como laboratório de fado, propriedade de Rui Pregal da Cunha (ex-vocalista dos Heróis do Mar), o jornalista encontrou um fado “renascido e inesperado” tal como a sua cozinha “baseada sobretudo em peixe em conserva”.
Seguiram-se, no passeio do jornalista norte-americano, os sons quentes e “ecléticos” do B.Leza, instalado no seu novo espaço em Santos, onde a cultura portuguesa e europeia se cruzam com os sons vindos da áfrica lusófona, sobretudo de Cabo Verde.
O jornalista salienta que a fama do B.Leza é internacional e que a qualidade dos músicos que aí tocam já atraiu ao espaço personalidades como o ator Jeremy Irons ou o príncipe do Mónaco Pierre Casiraghi. No entanto, como explicou Sofia Saudade e Silva, a proprietária, ao jornal, este é um sítio “onde todos são iguais: os ricos e os pobres, os brancos e os pretos”.
Clique AQUI para aceder ao artigo do NYT (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz
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