Alguns jovens aproveitam as férias de verão para ajudarem animais selvagens a recuperar. É o caso de Castelo Branco, onde jovens voluntários alimentam, limpam e tratam os animais feridos que são levados ao Centro de Recuperação de Animais Selvagens.
[Foto © CERAS] Alguns jovens aproveitam as férias de verão para ajudarem animais selvagens a recuperar. É o caso de Castelo Branco, onde jovens voluntários alimentam, limpam e tratam os animais feridos que são levados ao Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CERAS).
A maior parte das tarefas de manutenção diária do centro, como a alimentação dos animais e a limpeza das jaulas é assegurada pelo trabalho de voluntários, explica ao Boas Notícias Sandra Vieira, uma das responsáveis do centro.
Há ainda trabalhos mais esporádicos, como a limpeza do biotério – onde se criam os ratos para alimentar os animais selvagens – e trabalhos de manutenção como colocar redes, cortar ervas e recuperar instalações, que também dependem da ajuda dos voluntários.
Outras tarefas mais complexas, como os tratamentos, têm de ser efetuadas pelos veterinários mas os voluntários também podem ajudar. “Vamos alternando entre os voluntários para que possam ter um contacto mais direto com os animais”, explica.
É entre o mês de junho e de outubro que o centro recebe mais animais selvagens, explicou ao Boas Noticias Sandra Vieira. E é também nesta altura que o centro conta com mais voluntários jovens, devido às férias escolares.
Este mês, em agosto, o centro conta com três jovens. Entre eles, Sofia Ribeiro, de 17 anos, e o irmão que decidiram ir os dois juntos para o CERAS, motivados pela sua paixão pela natureza e pela “oportunidade de ajudar os animais”. Ao longo do ano, o centro conta também com a ajuda de alunos de veterinária.
O Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CERAS) de Castelo Branco é um dos três centros da Quercus dedicado à receção de animais selvagens debilitados, sua recuperação e devolução ao meio natural. Por ano, o CERAS recebe cerca 200 animais, 25% dos quais em vias de extinção, com uma taxa de recuperação de 52%.