“Ajudávamos as pessoas numa terra que não conheciam. Sem as casas regionais a sua vida teria sido muito mais difícil”, lembra à agência Lusa o presidente da Casa do Minho, Júlio Vilas Boas.
No entanto, os fluxos migratórios atuais são quase inexistentes e as casas regionais procuram, por isso, (re)definir o seu espaço e o seu papel. Daí a importância do envolvimento dos mais jovens nas atividades dessas instituições.
“Hoje, as casas regionais têm o papel importante de divulgação das suas zonas e fazer despertar nos mais jovens o interesse pela terra dos seus antepassados”, diz o presidente da Associação das Casas Regionais em Lisboa.
João Duque, 12 anos, dá o exemplo: filho do ensaiador do rancho folclórico da Casa do Minho, foi levado com apenas um ano para o frenesim dos ensaios. História semelhante é partilhada por Sofia Almeida, 32 anos, que pertence ao mesmo rancho há 17 e é uma das ensaiadoras.
À frente da casa regional mais nova está também um rosto jovem. Criada em 2009, a Casa Cerveirense pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante as décadas de 70 e 80 do século passado por um grupo de cerveirenses. “Não acho que [criar a casa agora] seja um risco. Eu sou o mais velho e nos grupos de trabalho a média de idades anda nos 30”, disse à Lusa o presidente, José João Martins.
A aposta agora é na formação, através de cursos ou workshops a “custo zero ou baixo custo”, com o propósito de “cativar outros públicos”, defende.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]