Erin Langoworthy, de 22 anos e originária de Perth, na Austrália, encontrava-se a passar as férias de Ano Novo quando, dia 31, quis fazer 'bungee jump' da ponte das Cataratas Victoria, sobre o rio Zambeze, que liga o Zimbabué e a Zâmbia.
A corda de segurança do equipamento rebentou e Erin caiu de cabeça no rio infestado de crocodilos. Em declarações à televisão australiana, a jovem explicou que desmaiou por momentos quando caiu na água.
“Era como estar no mar, com ondas de um lado e de outro, a ser sugada para baixo e de repente vir à superfície. Fiquei completamente desorientada. Não sabia o que é que era o cima e o baixo, o dentro e o fora de água…”, conta a jovem ao canal australiano Channel 9 News.
Contudo, depois de ter feito rafting no dia anterior, recordou algumas das dicas de segurança dadas pelos instrutores e conseguiu nadar até uma das margens do rio, apesar de ter as pernas amarradas pela corda do ‘bungee jump’ e da força da corrente que a puxava para os rápidos imediatamente à frente.
Também a corda que rebentou complicou o processo de salvamento, ficando presa em várias rochas e pedras do rio.
“Tive de mergulhar mais fundo e procurar o sítio onde a corda estava presa porque sem a desprender não ia conseguir chegar à superfície”, relata. “Depois, quando me retiraram da água, viraram-me de costas porque toda a água que eu tinha inalado impedia-me de respirar. A seguir viraram-me para o lado e comecei a tossir água e sangue”.
Para além dos ferimentos abrasivos, Erin partiu a clavícula. A jovem recebeu tratamento médico numa clínica do Zimbabué sendo, de seguida, levada para África do Sul. “Acho que o facto de estar viva é definitivamente um milagre”, diz.
Segundo o jornal The Lusaka Times, Given Lubinda, Ministra do Turismo de Zâmbia, assegura que ‘bungee jump’ é um desporto seguro, apesar do incidente.
“O ‘bungee jumping’ já provou ser uma atividade segura e viável. Já se pratica há mais de 10 anos. Este é o primeiro incidente de que estou a ter conhecimento. A probabilidade de isso acontecer é de um em 500 mil saltos. E na nossa região há cerca de 50 mil turistas a saltar todos os anos”, afirma.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Raquel Baêta]