Tshepo Shivambu, ou Tuki, como é conhecido entre os amigos, é um jovem órfão sul-africano que tem tido uma vida difícil. Porém, acaba de realizar um sonho ver uma obra sua exposta no prestigiado MoMA, em Nova Iorque.
Tshepo Shivambu, ou Tuki, como é conhecido entre os amigos, é um jovem órfão sul-africano que tem tido uma vida difícil. Porém, acaba de realizar um sonho e passar por uma experiência única: ver uma obra sua exposta no prestigiado MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, nos EUA.
Tuki, de 16 anos, cresceu na aldeia rural de from Makuleke. A mãe faleceu quando era ainda bebé, nunca conheceu o pai e, tal como muitas outras crianças, debateu-se com dificuldades em ir, descalço, para uma escola “com vidros e cadeiras partidas, onde não era fácil comunicar”, contou à BBC.
Tudo mudou, no entanto, com a intervenção da organização não-governamental norte-americana Sharing to Learn, fundada por Denise Ortiz, que se tornou uma das grandes amigas de Tuki e lhe permitiu concretizar um desejo que o acompanhou desde sempre: conhecer os EUA, visitar um museu e, melhor ainda, ver um trabalho seu em exibição.
A exposição da sua obra, um carro feito de cabos que imita os carros tradicionais feitos pelos meninos africanos a partir de material reciclado, surgiu no âmbito de um projeto internacional denominado Século das Crianças, que está a ser promovido pelo MoMA até 15 de Novembro.
Este mês, Tuki viajou até Nova Iorque acompanhado por Denise Ortiz e viveu uma experiência inesquecível. “Desejava vir aqui há muito tempo, desejei-o praticamente a vida inteira. Senti muitas emoções diferentes quando cheguei. Tinha o estômago às voltas”, confessou, em entrevista à cadeia de televisão britânica.
Com a companhia de Denise, hoje uma “mãe do coração” para o jovem sul-africano, Tuki, que nunca tinha visitado um museu, conheceu um dos mais célebres a nível internacional e pôde ainda ver o seu carro – que impressionou os curadores do MoMA pela habilidade do seu autor -exposto aos olhos de todos.
Apesar do passado complicado, Tuki mostra-se otimista em relação ao futuro, em especial após a vivência destes momentos. “Agora tenho sapatos. Conheço os EUA e talvez tenha chegado o meu momento de ser feliz”, concluiu, com um sorriso.