Um jovem português desenvolveu uma plataforma inovadora, capaz de identificar os acordes de qualquer música. A Chordify já recebe mais de 50 mil visitas diárias e o cofundador José Pedro Magalhães é atualmente investigador na Universidade de Oxford,
Um jovem português desenvolveu uma plataforma inovadora, capaz de identificar os acordes de qualquer música. A Chordify já recebe mais de 50 mil visitas diárias e o cofundador José Pedro Magalhães é atualmente investigador na Universidade de Oxford, em Inglaterra.
Depois de se formar em Engenharia de Sistemas e Informática da Universidade do Minho, José Pedro dedicou-se à criação deste software, único no mundo, que converte qualquer música (em MP3 ou do YouTube, por exemplo) nos respetivos acordes que lhe dão vida.
O projeto explora os recursos mais sofisticados da linguagem Haskell que o investigador começou a explorar na Universidade do Minho e, mais tarde, aprofundou no doutoramento na Universidade de Utreque, na Holanda, e na Universidade de Oxford, em Inglaterra.
Disponível online, de forma gratuita, automática e muito intuitiva, o Chordify já atrai mais de 50.000 visitas todos os dias. O modelo de negócio é baseado em anúncios não intrusivos e em funções adicionais de baixo custo, como, por exemplo, o descarregamento de ficheiros PDF ou MIDI com os acordes transcritos para piano, guitarra e até ukelele.
Até agora, curiosamente, as canções mais procuradas são pouco conhecidas, segundo o investigador. “O serviço funciona para qualquer canção, por mais obscura que seja. E essa é uma grande vantagem, pois há outros sites a construir bases de dados de acordes manualmente e a restringir-se apenas aos artistas mais conhecidos”, refere.
O tratamento que é feito com a transcrição é outra mais-valia, tornando o sistema ideal para compositores, músicos e não só. De momento, o tema mais popular é “Wherever you are”, dos australianos 5 Seconds of Summer.
O informático de 29 anos, natural de Vila Nova de Gaia, diz que não esperava “tamanha adesão” da comunidade mundial em tão pouco tempo, tendo passado de “500 visitas por dia para mais de 40.000 em menos de um ano de existência, atingindo o um milhão de visitas nesse curto espaço de tempo”.
José Pedro Magalhães já passou também pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), pela Philips Research e pela Microsoft Research Cambridge. Completou ainda 12 anos de órgão no Conservatório. Aprecia clássicos contemporâneos e música do século XX, como as obras do francês Pierre Boulez.
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Notícia sugerida por Ana Pereira, Elsa Fonseca e Maria da Luz