Ainda há dois meses Fior Mendez vivia num orfanato no seu país natal, a República Dominicana. A semana passada, a vida da jovem de 22 anos deu uma volta de 180º, quando concretizou o sonho de desfilar na New York Fashion Week.
Ainda há dois meses Fior Mendez vivia num orfanato no seu país natal, a República Dominicana, lidando com as dificuldades sem nunca esquecer, no entanto, o seu maior objectivo: tornar-se modelo, tal como as belas raparigas que via desfilar na televisão. A semana passada, a vida da jovem de 22 anos deu uma volta de 180º e o sonho concretizou-se finalmente na prestigiada passarela da New York Fashion Week, nos EUA.
Os seus primeiros anos ficaram marcados pela incerteza. Abandonada pela mãe, que não tinha possibilidades para a criar e com quem nunca mais voltou a ter contacto, aos 13 anos, Fior construiu a sua própria família na casa de acolhimento onde foi entregue, passando os dias na companhia dos seus “irmãos” e “irmãs” do coração.
Quando completou 21 anos, atingindo a maioridade, a má notícia chegou: Fior tinha de abandonar o orfanato. Porém, uma grande amiga da fundadora do Orfanato Niños de Cristo, onde vivia, convidou-a a ir viver com ela em Nova Iorque para aprender inglês.
A mudança para a “Grande Maçã” acabou por trazer, no entanto, muito mais do que isso: trouxe também a oportunidade de realizar o seu grande desejo. Depois de fazer um casting, Fior foi escolhida para desfilar durante a semana de moda da cidade norte-americana para a designer Nzinga Knight, algo que a jovem nunca acreditara ser possível.
Fior quer inspirar as crianças sem-abrigo
Em entrevista ao jornal USA Today a propósito da sua história, a dominicana descreveu as alterações incríveis que têm acontecido na sua vida. “Estou assoberbada emocionalmente, é um sonho”, afirmou, revelando que espera um dia vestir as coleções da Chanel. “Nunca pensei que alguém como eu pudesse estar a fazer isto em Nova Iorque”, confessou.
Apesar do sucesso que fez na New York Fashion Week, de estar a ser recebida com euforia na indústria da moda e de querer dar seguimento à perseguição do seu sonho, Fior não esquece as origens e espera ser uma inspiração para outros jovens e crianças que tenham passado ou estejam a passar pelo que passou.
“Quero ajudar as crianças sem-abrigo a ter voz. Quero ser uma luz para elas e mostrar-lhes que, se nos dedicarmos, podemos fazer alguma coisa, e que mesmo que estejamos triste, há sempre esperança”, concluiu Fior, que vai também dar seguimento às aulas de inglês e continuar a tentar aprender a orientar-se em Nova Iorque.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]