No Reino Unido, a história de esperança de um jovem de 14 anos está a espalhar-se pelos quatro cantos do mundo e a comover milhares de pessoas.
No Reino Unido, a história de esperança de um jovem de 14 anos está a espalhar-se pelos quatro cantos do mundo e a comover milhares de pessoas. Depois de diagnosticado com dois tipos diferentes de cancro, Deryn Blackwell foi avisado do pouco tempo de vida que lhe restava. No entanto, o inesperado aconteceu e, passados alguns meses, Deryn começou a recuperar, revelando significativos avanços de dia para dia.
Trata-se do único caso do género do mundo e as estimativas não apontavam para o melhor desfecho. Com apenas 14 anos, o jovem ficou a saber que sofria de dois tipos de cancro em simultâneo: Leucemia e Sarcoma de Células de Langerhans. Há dois meses, os médicos falavam de escassos dias de vida, não dando sequer hipóteses de esperança.
Tudo se sucedeu durante o tratamento, em 2013, durante o qual Deryn acabou por contrair uma doença que atacava o seu sistema imunológico debilitado. Incapazes de contornar a situação, os especialistas preparam o jovem e a família para que o pior acontecesse ainda antes do final do ano, pelo que Blackwell foi encaminhado para uma casa de repouso com doentes terminais, onde escreveu uma lista com aquilo que gostava de fazer antes de morrer.
Os pedidos passavam por conhecer os seus maiores ídolos, andar em carros de alta cilindrada e provar uma bebida alcoólica. Além de tudo isso, Deryn pediu ainda para conhecer a morgue para a qual ia ser levado quando morresse. “Ele aceitou a situação e nós também”, conta a mãe, Callie Blackwell, à BBC.
Os pedidos passavam por conhecer os seus maiores ídolos, andar em carros de alta cilindrada e provar uma bebida alcoólica. Além de tudo isso, Deryn pediu ainda para conhecer a morgue para a qual ia ser levado quando morresse. “Ele aceitou a situação e nós também”, conta a mãe, Callie Blackwell, à BBC.
Juntos prepararam o funeral e até escolheram o destino que iam dar às suas cinzas: uma parte seria colocada em fogos de artifício, outra num canhão e a restante atirada de uma montanha na Grécia.
No entanto, no meio de tudo isto, Deryn começou, inexplicavelmente, a dar sinais de melhoras, com o corpo a conseguir combater todas as infeções, a voltar a produzir glóbulos vermelhos saudáveis e a regenerar autonomamente a medula óssea.
“Os médicos não conseguem explicar o que aconteceu. Estou tão surpreendidos quanto nós, pelo que nem conseguem prever aquilo que pode acontecer nas próximas semanas”, diz Callie Blackwell.
Dos 35 comprimidos diários que chegou a tomar, o jovem passou apenas para um, o único que agora toma todos os dias. Embora continue em tratamento, Deryn deixou a casa de repouso e começou a fazer fisioterapia, de maneira a melhorar a sua resistência física.
“Há que colocar as coisas em perspetiva”, diz em entrevista à BBC. “Se estás a tossir e começas a reclamar, tens de ver que há outras pessoas, como eu, que estão numa situação pior e não reclamam. Então é porque a tua tosse não é assim tão má”.