O protótipo, desenvolvido no âmbito de um projeto do liceu, foi inspirado nos aparelhos de hemodiálise convencionais, que a jovem teve a oportunidade de conhecer de perto quando fez voluntariado num hospital da região.
O aparelho baseia-se numa tecnologia simples e demorou cerca de 300 horas a ser idealizado, como conta o canal canadiano CBC.
Depois de ler vários livros e manuais sobre estas máquinas, a jovem criou – recorrendo a acessórios simples como medidores de pressão arterial, bombas de sangue e filtros – um aparelho que custou apenas 500 dólares a produzir.
“Quem o usar já não precisa deslocar-se até ao hospital, o que é muito vantajoso para pessoas com mobilidade reduzida”, salienta a estudante.
Anya pretende também, com este aparelho, mudar o impacto que este tratamento, que é realizado três vezes por semana, tem sobre os pacientes. “Os utentes ficam muito cansados após a hemodiálise”, explica a jovem, que espera levar a sua ideia a todo o mundo, no futuro.
A hemodiálise é aplicada em doentes com insuficiência renal e consiste na limpeza de toxinas do sangue e do excesso de água do organismo.
“Agora, a população poderá beneficiar de um aparelho que vai ajudar a reduzir os custos com os médicos e hospitais. É uma excelente ideia”, explicou também à CBC Louis Thibault, diretor de pesquisa aplicada do Héma-Québec, uma organização que tem como objetivo responder às necessidades da população do Quebéc ao nível sanguíneo.
O projeto de Anya já ganhou vários prémios e distinções académicas e agora a jovem vai realizar um estágio no Héma-Québec durante o próximo Verão, onde terá a oportunidade de experimentar a sua máquina em contexto real.
Notícia sugerida por Maria da Luz