Saúde

Jovem cria “cérebro” artificial para detetar cancro

A norte-americana Brittany Wenger, de apenas 17 anos, desenvolveu um "cérebro" artificial capaz de detetar sinais de cancro da mama, o que poderá vir a permitir um diagnóstico da doença com um maior nível de confiança e de uma forma minimamente invas
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A norte-americana Brittany Wenger, de apenas 17 anos, desenvolveu um “cérebro” artificial capaz de detetar sinais de cancro da mama, o que poderá vir a permitir um diagnóstico da doença com um maior nível de confiança e de uma forma minimamente invasiva. A criação valeu-lhe o primeiro prémio da edição deste ano da Feira de Ciência da Google. 
 
A invenção consiste numa “rede neuronal” artificial, um tipo de programa de computador codificado para pensar como um cérebro humano. “Ensinei o computador a diagnosticar cancro da mama”, explicou Wenger, residente em Lakewood Ranch, na Flórida, EUA.
 
“É uma invenção muito importante porque, atualmente, a biópsia menos invasiva é também a menos conclusiva e muitos médicos não podem recorrer a ela”, acrescentou, em declarações à NBC News.
 
Embora desempenhem um papel semelhante ao do cérebro, estes dispositivos eletrónicos distinguem-se por conseguirem detetar padrões demasiado complexos para os humanos e tornam-se melhores à medida que processam mais dados.
 
Para participar na Feira da Ciência da Google, Wenger construiu uma rede neuronal artificial única com recurso a Java e realizou 7,6 milhões de testes, tendo descoberto que o equipamento é muito sensível aos tumores malignos e capaz de detetar com sucesso 99,1% dos casos. 
 
“À medida que obtiver mais dados, a taxa de sucesso vai aumentar e os resultados inconclusivos vão diminuir. Portanto, com uma maior quantidade de dados, acredito que [a tecnologia] estará pronta para ser usada em hospitais”, adiantou a norte-americana.
 
Agora que a rede neuronal está construída e deverá tornar-se mais “inteligente” com o aumento das experiências, a jovem pretende levá-la às unidades hospitalares mas também dar-lhe outras utilidades, aumentando a sua capacidade de deteção de outros tipos de cancro.
 
“Vai exigir algumas afinações e mais codificação, mas será fácil adaptar a rede e fazer com que esta se torne capaz de diagnosticar outros cancros e, potencialmente outras doenças”, garantiu.
 
Para já, porém, Wenger vai gozar o primeiro prémio conquistado no concurso da Google: uma bolsa no valor de 50.000 dólares, um estágio e uma viagem de 10 dias para as Ilhas Galápagos. “Nunca visitei a América do Sul, por isso estou muito entusiasmada”, concluiu.

[Notícia sugerida por Michelle Hapetian]

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