Licenciada em Engenharia Biológica pelo Instituto Superior Técnico, ganhou experiência como investigadora e gestora de projeto da componente do Portal E-escola no Biological Sciences Research Group da instituição onde se formou. Mais tarde, e durante cerca de dez anos, foi Ponto de Contacto Nacional (NCP – National Contact Point) para os Programas-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT) da União Europeia (6º e 7º Programas-Quadro e Horizonte 2020) no ramo da Saúde e da Biotecnologia. Foi também perita e Delegada Nacional na Iniciativa Europeia sobre Medicamentos Inovadores, tendo participado em projetos europeus de coordenação dos NCP.
Atualmente o seu nome está associado ao Creating Health – Research and Innovation Funding. Como Diretora Executiva, Joana Camilo participa nesta entidade que tem a missão de ajudar instituições a captar fundos de IDT e inovação em saúde, sobretudo os existentes no âmbito do Horizonte 2020. Sem fins lucrativos, o Creating Health foi criado há um ano no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa e conta já com o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Governo de Portugal, além do apoio de outras instituições privadas.
Inovar é…
Arriscar… é encontrar soluções novas ou melhores para problemas identificados ou por identificar. É procurar novas abordagens para melhor responder a necessidades de mercado e da sociedade. É desenvolver novos e melhores produtos, processos e serviços ao serviço das pessoas.
Virtudes de um investigador
Rigor, perseverança, resiliência, curiosidade e capacidade para formular as perguntas certas.
Coloque por ordem crescente de importância: inovação, tecnologia e ciência.
Tecnologia, ciência, inovação, todas sobejamente interconectadas. A ciência e a tecnologia providenciam a base para a inovação tecnológica que, entre outros tipos de inovação respondem a necessidades da sociedade e da economia. Se, por um lado, a ciência precisa de novas tecnologias para progredir, é também o substrato para avanços tecnológicos.
A chave para o sucesso é…
Não ter medo de falhar e aliar determinação, disciplina, resiliência, rigor e muito trabalho a uma estratégia com objetivos claros e enfoque nos resultados.
Os apoios, bolsas e financiamentos são…
Fundamentais para a capacitação e progresso da ciência e da tecnologia e para impulsionar um ecossistema propício à inovação.
Quais as maiores dificuldades existentes em Portugal ao nível da captação de fundos e investimentos para i&d na área da saúde?
É preponderante um maior investimento na integração em redes colaborativas competitivas à escala europeia e internacional (networking) e um mindset cada vez mais orientado para a translação, aplicação e exploração do conhecimento e de outros resultados da investigação.
Há ainda desconhecimento e falta de disponibilidade (de tempo e de recursos) para uma exploração nacional mais eficiente da panóplia de fundos nacionais e internacionais, públicos e privados, disponíveis para IDT+ i em Saúde. Diferentes fundos têm diferentes mecanismos, critérios e burocracia associada e os fundos europeus são disso exemplo, mas com um reforço de incentivos e mecanismos de apoio dirigidos à identificação e exploração eficiente das múltiplas oportunidades disponíveis, será possível mitigar algumas das dificuldades sentidas e potenciar a competitividade da IDT nacional à escala internacional.
Lema de vida
Não desistir.
App favorita
Spotify e muito recentemente o Little Alchemy para brincar com meu filho.
Hobbies
Cozinhar, ouvir música, ler, passear e aprender algo todos os dias.
www.creatinghealth.ics.lisboa.ucp.pt
O conteúdo Joana Camilo: Investigação acima de tudo aparece primeiro em i9 magazine.