O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, esteve presente no domingo, numa
cerimónia em Tóquio para assinalar o 65º aniversário do final da II
Guerra Mundial com a rendição do Japão. Naoto Kan reafirmou o
compromisso do seu país com a paz e pediu desculpa pelos “grandes danos”
e “sofrimento” causados na II Guerra Mundial.
“Sentimos um grande remorso, e oferecemos as nossas condolências sinceras para todos os que sofreram e às suas famílias. Renovamos a nossa promessa de nunca voltar a fazer a guerra, e prometemos levar a cabo todos os esforços para conseguir a paz mundial eterna e nunca repetir de novo o erro da guerra”, afirmou Naoto Kan citado pelo Jornal Económico.
O Imperador Akihito, cujo pai, o Imperador Hirohito, foi a face do Japão durante a Segunda Guerra Mundial também esteve presente na cerimónia e prestou um minuto de silencio pelos mais de três milhões de japoneses que morreram na guerra.
“Sinto, uma vez mais, uma grande tristeza pelos muitos que perderam as suas preciosas vidas e pelas suas famílias. Rezo pela continuação da prosperidade da nossa nação e pela paz mundial”, disse o Imperador, que tinha 12 anos na altura da rendição nipónica.
Em reacção às declarações, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, disse ter “tomado nota do esforço do Japão, que representa um passo em frente. Mas ainda há assuntos a resolver. Os dois países ainda têm que tomar medidas concretas para forjar uma nova relação para os próximos 100 anos”, disse.
Na semana passada, por ocasião do mês do 100ª aniversário da anexação da Coreia pelo império japonês, o primeiro ministro Naoto Kan pediu também desculpas pelos sofrimentos impostos ao povo coreano durante os 35 anos de colonização da Coreia pelo Japão.