O novo método – baseado na chamada 'captura neutrónica de boro' – passa pela utilização de um acelerador de partículas, com cerca de três metros de largura, em vez de um reator para criar neutrões destinados à terapia.
Mais de 120 universitários já realizaram estudos com o reator nuclear experimental da Universidade de Kioto, com resultados nos quais, em alguns casos, o tumor cerebral se reduziu até em 70%.
A equipa espera obter no início de Outubro um sinal verde do governo para iniciar testes clínicos em pacientes que tenham sofrido uma recaída em casos de glioblastoma, o tumor cerebral mais agressivo, com índices de sobrevivência muito baixos.
Os pacientes vão receber uma injeção com um composto químico com boro, elemento que se concentra nas células tumorais. A irradiação de neutrões faz com que o boro emita uma forte radiação que destrói unicamente as células cancerígenas.
Durante uma hora do novo tratamento, os pacientes recebem uma dose de radiação duas ou três vezes mais intensa do que normalmente recebem num tratamento de seis semanas.
Segundo o Ministério japonês de Saúde, em 2010, 353 mil pessoas morreram de cancro no Japão, o que representa uma de cada três mortes no arquipélago.
A equipa que desenvolveu esta técnica é formada por cientistas da Faculdade de Medicina de Osaka, da Universidade de Quioto, da farmacêutica Stella Pharma e da empresa Suimoto Heavy Industries.