A solução desenvolvida pelos pesquisadores – para ser aplicada em cérebros mortos – é uma mistura química barata, composta por três ingredientes principais: a ureia (encontrada na urina e em fertilizantes), o glicerol e detergente.
De acordo com os cientistas, ao mergulhar o cérebro nesta solução é possível visualizar claramente a sua estrutura. Um dos membros da equipa de investigação, Atsushi Miyawaki, explicou o método à revista científica Nature Neuroscience e mostrou-se “muito entusiasmado” com o potencial da descoberta. Isto porque ela poderá ser um passo importante na compreensão da base física de traços de personalidade, de memórias e até da consciência.
Por enquanto, este grupo de neurocientistas está apenas a começar a montar um mapa de conexões cerebrais – o “conectoma” – em cérebros de ratos de laboratório com propósitos experimentais.
O conteúdo da mistura, que já está patenteado, promete tornar mais simples o estudo do tecido cerebral através da obtenção de imagens pormenorizadas da estrutura interna do tecido sem a complexidade dos processos atuais, que envolvem o corte do cérebro em fatias muito finas.
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[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Ana Isa Fernandes]