exploração da central nuclear Fukushima assumiu esta terça-feira, a
responsabilidade pela atual crise nuclear decorrente do sismo e tsunami
ocorridos há doze dias atrás, e pediu desculpas às 200 mil pessoas que
foram forçadas a abandonar as suas casas para evitar a radioatividade.
Durante uma visita a um ginásio em Tamura, que agora alberga refugiados, o vice-presidente da Tepco pediu desculpas pelo sucedido. “Lamentamos ter-vos causado tanto sofrimento”, disse Norio Tsuzumi citado pela agência japonesa de notícias Kyodo, conforme refere o jornal Público.
“Peço as mais sinceras desculpas. A nossa empresa causou ansiedade e danos aos habitantes em redor da central, da província de Fukushima e de todo o país”, disse em conferência de imprensa.
“A minha visita é tardia porque tive de gerir este problema com o Governo”, justificou ainda o responsável.
A empresa indicou esta semana que as centrais de Fukushima Daiichi e de Fukushuma Daini foram atingidas por uma onda com 14 metros de altura, no dia do tsunami.
A Tepco construiu as duas centrais nucleares para resistir a um terremoto de 8 graus de magnitude e a um tsunami de 5,7 metros de altura em Fukushima Daiichi, e de 5,2 metros em Fukushima Daini.
Os edifícios dos reactores situam-se a dez e 13 metros acima do nível do mar, tendo ficado parcialmente inundados. Um funcionário de Fukushima Daini contou a rede de televisão NHK, de acordo com a AFP, que no dia 11 de março foi evacuado para uma colina próxima à central após o terramoto.
“Houve um recuo do oceano de mais de 200 metros e depois surgiu o tsunami, que inundou a central. A onda passou sobre o dique e arrastou os carros estacionados, foi impressionante”, contou.