O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) de Angola em Portugal cresceu 35 vezes durante a última década. A preferência dos investidores vai, essencialmente, para a banca, a energia, as telecomunicações e os meios de comunicação social.
O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) de Angola em Portugal cresceu 35 vezes durante a última década. A preferência dos investidores vai, essencialmente, para os setores estratégicos da economia nacional, em particular a banca, a energia, as telecomunicações e os meios de comunicação social.
De acordo com dados divulgados pela AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, em 2011, o investimento direto de Angola no nosso país alcançou os 70,3 milhões de euros, um valor 35 vezes superior aos 2,2 milhões de euros registados em 2001. No último ano, porém, o IDE de Angola correspondeu somente a 0,2% do total de investimento em Portugal.
Em 2012, só no período entre Janeiro e Maio, o Investimento Direto Estrangeiro de Angola atingiu 126,1 milhões de euros, acima do total de 2011, colocando-se o país africano na posição de principal investidor em Portugal entre as nações extracomunitárias.
Os dados da AICEP evidenciam, no entanto, que, apesar do impacto público da entrada de capitais angolanos em Portugal, o investimento continua a ser maior no sentido inverso: o IDE de Portugal em Angola foi de 246,4 milhões de euros o ano passado, quatro vezes mais do que no início da década (em que este representava só 1,6% do total).
Nos primeiros cinco meses deste ano, o investimento português em Angola ascendeu a 111 milhões de euros, em especial nas áreas da construção civil, a hotelaria e a banca, as que mais atraem as empresas portuguesas.