por redação
A principal causa de morte nas mulheres que têm cancro da mama é a metástase, que surge quando o cancro se espalha a outras partes do corpo. Maioritariamente as células resistem ao tratamento o que pode gerar um novo tumor no futuro.
Um estudo da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos da América, desvendou o mecanismo que permite que as células mãe, que até agora eram as responsáveis por recaídas, consigam escapar e resistir ao sistema imunitário, originando outros tumores noutros órgãos.
O jornal espanhol, El País, cita o investigador Toni Celiá-Terrassa, onde este diz que “As células-mãe cancerígenas usam programas genéticos próprios das células-mãe “normais” para adquirirem propriedades adicionais. Isso confere-lhes maior resistência e aptidão para que se tornem mais agressivas e, por isso, são responsáveis por iniciar o crescimento do tumor, a metástase e, consequentemente, resistência à quimioterapia”.
O corpo humano é constituído por o ADN e ARN. O ARN é o intermediário que copia parte do ADN e leva-o das proteínas. Ao realizar este processo no caso células presentes na mama o ARN copia não só as células mãe como as cancerígenas.
Através de experiências com ratos de laboratório, que desenvolveram tumores retirados de pacientes, os investigadores concluíram que o ARN aumenta a capacidade das células-mãe formarem tumores, processo que pode ser controlado através do aumento da proteína LCOR.
O El País diz que a descoberta tem “claras implicações terapêuticas para atacar as células mãe cancerígenas e poderá melhorar a eficácia da imunoterapia ao criar uma nova linha de tratamento, contra vários tipos de cancro”.