Três investigadores da Universidade do Minho patentearam um motor capaz de obter rendimentos muito elevados ao aproveitar a energia que é perdida em motores convencionais. O projeto tem apoio de um empresário dos EUA e está em 3.º lugar no concurso ?
Três investigadores da Universidade do Minho acabam de patentear um motor capaz de obter rendimentos muito elevados ao aproveitar a energia que é desperdiçada em motores convencionais. Até a NASA está de olho nesta inovação.
O projeto tem apoio de um empresário norte-americano e está em terceiro lugar entre 200 trabalhos do concurso “Create the Future Design Contest” da revista NASA Tech Briefs.
A votação ainda se encontra aberta, cerrando só a 09 de setembro, e quem desejar pode ajudar esta equipa de investigadores portugueses acedendo à página de votos nos projetos aqui.
Os engenheiros envolvidos no projeto são Jorge Martins, Francisco Brito e Tiago Costa, em conjunto com Bernie Bon, um empresário dos EUA entusiasta por motores.
“Vimos a ideia inicial de Bernie num grupo do Linkedin, trocámos impressões e daí juntámo-nos ao projeto, introduzindo vários melhoramentos”, conta Jorge Martins em comunicado.
Outros dois investidores norte-americanos apoiaram a divulgação do conceito em conferências e suportaram o registo da patente nos EUA. Um terceiro elemento deverá financiar, em breve, a produção do primeiro protótipo, revela um comunicado da UMinho.
Projeção do motor que vai ser financiado por investidores americanos
O novo motor, “Hyper4 High Efficiency Engine”, é mais leve e compacto, permitindo o desenho de um ciclo termodinâmico sobrexpandido, algo que Jorge Martins estuda há 15 anos.
A maior eficiência está em redirecionar a energia desperdiçada num motor convencional, tanto em gases quentes de escape como no arrefecimento do radiador. Assim, este motor alia várias estratégias de aumento de rendimento, como combustão a volume constante, taxa de compressão variável, sobrexpansão e regeneração interna.
Os investigadores confiam que o novo conceito de motor seja comprovado em protótipo em termos da sua eficiência e das prestações, para depois singrar no ramo automóvel ou em outras aplicações estacionárias como geradores, cortadores de relva ou drones.
Os investigadores afirmam que “desde que haja aceitação dos principais agentes industriais” não há razão para o projeto falhar.
Pode ver a projeção do motor em funcionamento no vídeo abaixo.