Um smartphone de papel que, em vez de tocar, se dobra ao receber uma chamada, uma mensagem de texto ou um e-mail é a mais recente criação dos investigadores do Human Media Lab da Universidade de Queen's, no Canadá.
Um smartphone de papel que, em vez de tocar, se dobra ao receber uma chamada, uma mensagem de texto ou um e-mail é a mais recente criação dos investigadores do Human Media Lab da Universidade de Queen's, no Canadá. O Morephone – como foi batizado – poderá chegar ao mercado dentro de cerca de 5 a 10 anos.
Este smartphone de papel está longe de ser convencional, contando com um ecrã finíssimo e flexível manufaturado por uma empresa britânica, a Plastic Logic. Entre este ecrã e o papel estão vários fios de memória que se “contraem” quando o telefone pretende notificar o utilizador.
Os utilizadores podem determinar que tipo de movimento o smartphone faz para dar sinal de determinada mensagem: por exemplo, é possível fazer com que o canto superior direito se dobre ao receber uma chamada ou que o canto inferior esquerdo se curve quando é recebido um e-mail. No caso de mensagens urgentes, os cantos do smartphone podem dobrar-se e esticar-se repetidamente.
Veja acima um vídeo que ilustra o funcionamento do Morephone
“As pessoas estão acostumadas a ouvir o telemóvel tocar ou a senti-lo vibrar quando está em silêncio. Um dos problemas destas formas de notificação é que, muitas vezes, quando não têm o telemóvel na mão, não se apercebem. Com o Morephone, podem deixá-lo em cima da mesa e observar as mudanças de forma quando alguém tenta contactá-los”, explica Roel Vertegaal, diretor do Human Media Lab, em comunicado.
Segundo Vertegaal, professor de computação que desenvolveu o protótipo do equipamento em parceria com os alunos Antonio Gomes e Andrea Nesbitt, este é “mais um passo na direção de técnicas de interação radicalmente novas, que são possíveis graças a smartphones baseados em ecrãs finíssimos e flexíveis”.
O docente, que acredita que os smartphones flexíveis e dobráveis são o futuro das tecnologias móveis, considera que este novo equipamento poderá chegar às mãos dos consumidores em menos de uma década.
Para já, os investigadores da Queen's University vão apresentar o protótipo em Paris na próxima edição da ACM CHI – Conference on Human Factors in Computing Systems, que decorrerá no dia 29 de Abril e que é a principal conferência anual no que toca à interação homem-computador.