Uma investigadora portuguesa acaba de ser premiada pela British Psychological Society (BPS), prestigiada instituição do Reino Unido. Stephanie Batista Rossit foi distinguida por um trabalho desenvolvido no âmbito do seu doutoramento.
Uma investigadora portuguesa acaba de ser premiada pela British Psychological Society (BPS), prestigiada instituição do Reino Unido. Stephanie Batista Rossit foi distinguida por um trabalho desenvolvido no âmbito do seu doutoramento, que mereceu um galardão que distingue contribuições de “excelência” para a Psicologia.
A informação foi transmitida ao Boas Notícias pela própria cientista, que contou ter conquistado o prémio anual “Award for Outstanding Doctoral Research Contributions to Psychology” depois de vários artigos publicados em revistas científicas de referência.
O doutoramento de Stephanie Rossit, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), procurou compreender como e onde a informação visual do cérebro é processada para o controlo das ações, o que exigiu a realização de testes com pacientes vítimas de acidentes vasculares cerebrais, bem como o desenvolvimento de competências especializadas de programação e análise.
O trabalho desta investigadora, que desempenha funções de professora universitária no Reino Unido e se licenciou na Universidade do Algarve, já teve também consequências práticas: a terapêutica de reabilitação que desenvolveu está, neste momento, a ser implementada numa clínica em Leipzig, que trata cerca de 800 pacientes com danos cerebrais por ano, depois de ter impressionado um especialista durante uma conferência.
Portuguesa diz-se “muito honrada” com a distinção
“Sinto-me muito honrada por ser a vencedora do prémio de 2012. Este trabalho nunca teria sido possível sem a contribuição dos pacientes que participaram nos meus estudos e, portanto, este galardão é para eles, que me ensinaram muito mais do que qualquer livro poderia ter ensinado”, afirmou Stephanie à BPS, depois da atribuição do prémio.
“No futuro, gostaria de continuar a investigar o padrão das capacidades de visão dos pacientes com negligência visual e traduzir os resultados em novos métodos que permitam a recuperação deste síndrome severo”, acrescentou a investigadora, destacando a ajuda da FCT. ” Sem o excelente apoio da FCT, não poderia ter feito o meu doutoramento ou publicado os artigos premiados”, garantiu ainda ao Boas Notícias.
Atualmente, Stephanie Rossit é professora na Glasgow Caledonian University, na Escócia, e deverá ingressar em Agosto na equipa da Faculdade de Psicologia da University of East Anglia, em Inglaterra.