Através desta investigação será possível alargar o tratamento a praticamente todos os doentes e, ainda, otimizar a sua aplicação
por redação
Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai permitir melhorar o tratamento de problemas de incontinência – uma patologia que, em Portugal, afeta cerca de 600 mil pessoas, a maioria mulheres entre os 45 e os 65 anos de idade. A investigação teve como principal objetivo melhorar uma técnica cirúrgica frequentemente utilizada em casos que não respondem a métodos tradicionais.
Assim, as conclusões desta investigação – desenvolvida por Ana Povo, médica-cirurgiã, no âmbito do doutoramento em Medicina da FMUP – permitirão não só otimizar a forma como este procedimento é realizado, mas, também, alargar o tratamento a praticamente todos os doentes. Além disso, será possível aplicar a técnica em alguns pacientes cujos problemas de incontinência resultam de que malformações de nascença – o que até aqui não era possível.
O procedimento, que pode ser utilizado para tratar problemas de incontinência urinária ou fecal, é realizado em regime de ambulatório e com anestesia local. A intervenção consiste na utilização de um elétrodo (material semelhante a um fio elétrico) debaixo da pele para estimular os nervos que vão permitir a continência – método semelhante a um pacemaker. As investigações que estão na base desta tese de doutoramento foram publicadas em várias revistas cientificas, um deles na Internacional Colorectal Disease – uma das mais prestigiadas da área.