por redação
A inibição de uma proteína necessária para a divisão das células normais leva à autodestruição das células cancerígenas. É desta forma que investigadores do Porto querem dar uma resposta mais eficaz ao tratamento do cancro do pulmão.
“Quando as células de linhas celulares de cancro do pulmão são impedidas de produzir a proteína ‘spindly’, estas passam a responder de forma mais eficiente ao paclitaxel”, um medicamento que é usado em tratamentos de quimioterapia, disse à Lusa o professor da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário (CESPU) Hassan Bousbaa, um dos responsáveis pela investigação.
O paclitaxel faz com que o crescimento das células cancerígenas seja travado, uma vez que inibe a divisão celular, e é aplicado em casos de cancro do pulmão, dos ovários e da mama, por exemplo.
Ao suprimir a proteína ‘spindly’ a divisão das células é anulada e dessa forma as células cancerígenas acabam por se autodestruir.
Os investigadores pretendem assim, “dar uma nova vida aos medicamentos mais usados e com uma longa história de sucesso no combate ao cancro, mas aos quais algumas células do cancro conseguem adaptar-se e sobreviver”, sublinhou Hassan Bousbaa.
O estudo foi realizado em laboratório mas o próximo passo passa por fazer o teste em animais.
notícia sugerida por Elsa Martins