Um inglês tornou-se o primeiro homem a visitar todos os países do mundo sem nunca utilizar o avião como meio de transporte. O recorde, que entrou para o Guinness, foi conseguido por Graham Hughes, de 33 anos, no passado mês de Novembro.
Um inglês tornou-se o primeiro homem a visitar todos os países do mundo sem nunca utilizar o avião como meio de transporte. O recorde, que entrou para o Guinness, foi conseguido por Graham Hughes, de 33 anos, no passado mês de Novembro, depois de quase quatro anos consecutivos de aventuras.
“Viajei durante 1.426 dias, que correspondem a 203 semanas, quase quatro anos”, contou o recordista. O último país que visitou, e onde o momento foi assinalado, foi o Sudão do Sul que, à data do início da sua viagem, ainda nem sequer tinha sido elevado ao estatuto de nação. “Atravessar a fronteira e chegar ao Sudão do Sul foi surreal”, confessou.
“Comecei no Uruguai a 1 de Janeiro de 2009 e, desde aí, tenho viajado praticamente sem parar para tentar ser a primeira pessoa a visitar todos os países do mundo sem voar. Hoje, tornei-me essa pessoa”, disse Hughes ao jornal britânico Mirror.
Este aventureiro teve a ideia de se lançar nestas viagens – integradas numa expedição independente que batizou “The Odyssey Expedition” – há cerca de oito anos atrás. De acordo com o que seu site oficial, o desejo de conhecer todas as nações mundiais acompanhava-o desde pequeno e, em 2008, decidiu que era altura de “parar de falar e começar a fazer”.
“Por que razão decidi fazê-lo? Porque este planeta é nosso. É a única casa que alguma vez conhecemos e a única que conheceremos. Durante muitos anos os poderes instalados decidiram onde podíamos e onde não podíamos ir. Isso acabou. Todos os países do mundo estão finalmente abertos, portanto vamos vê-los!”, explica o inglês.
Ao longo destes quatro anos, Graham Hughes viajou sempre sozinho. Organizou as próprias viagens, as questões logísticas, e gravou todos os momentos relevantes das suas aventuras em vídeos que editava e publicava no Youtube, ao mesmo tempo que atualizava o seu site na Internet, onde os elogios ao projeto se multiplicam.
Durante a extensa expedição havia apenas uma regra à qual não podia desobedecer: os 250.000 quilómetros que teria de percorrer para visitar todos os 201 países do mundo tinham de ser feitos, por terra ou por mar, em autocarros, comboios, “ferry-boats”, táxis ou navios de carga mas nunca em aviões ou carro particular.
Quatro anos de grandes histórias e experiências insólitas
Hughes, natural de Liverpool, passou por sítios tão díspares como a Islândia e a África do Sul, o Madagáscar e o Irão, a Nova Zelândia e o Canadá. Pelo caminho conheceu centenas de pessoas e viveu experiências insólitas, como ter sido preso em Cabo Verde por ser confundido com um imigrante ilegal e no Congo por julgarem que se tratava de um espião.
Apesar dos obstáculos, nada o demoveu e o esforço deu frutos. “É bom ser um recordista mundial. Agora estou ombro a ombro com o Usain Bolt”, brincou, revelando o desejo de alcançar uma vitória deste tipo e para a qual pudesse olhar para trás dentro de alguns anos, sabendo que tinha histórias incríveis para contar.
“Queria mostrar às pessoas que não é preciso ser milionário para fazer algo assim. Não precisamos de uma equipa de apoio ou de um jipe. Só de nós próprios”, salientou ainda o aventureiro.
“As pessoas que conheci restauraram a minha fé na Humanidade. Foi uma grande conquista simplesmente conseguir manter-me vivo e não adoecer”, concluiu Hughes. Agora, o britânico vai fazer uma pausa no que toca a viagens e juntar-se à família para um Natal caseiro. Porém, já tem outras ideias em mente: a próxima poderá ser uma visita a todos os diferentes festivais que acontecem pelo mundo.
Clique AQUI para aceder ao site oficial da The Odyssey Expedition, onde poderá encontrar mais pormenores sobre os quatro anos de aventuras de Graham Hughes (em inglês) e AQUI para visitar o canal do inglês no Youtube e visualizar os vídeos gravados ao longo das viagens.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]