Através do telefone ou e-mail, qualquer adulto responsável por uma ou mais crianças que tenham sido abordadas de forma suspeita por algum indivíduo pode contactar as forças policiais locais, na tentativa de descobrir se o suspeito possui algum registo criminal de abuso sexual.
“Não há qualquer ciência exata que determine que tipo de informação será revelada ou não, já que isso vai depender de cada caso em concreto. Mas todas as investigações serão realizadas em sigilo, confidencialidade e sensibilidade por polícias treinados especificamente para estes casos”, explicou o chefe de polícia de West Mercia, Paul West, também especialista em casos de crimes violentos e sexuais, em declarações ao jornal britânico Shuttle.
Neste processo, as forças policiais britânicas contam com a colaboração de diversas associações de proteção infantil, para gerir os riscos da presença de um molestador em determinada comunidade e, assim, divulgar as informações adequadas às famílias das crianças potencialmente ameaçadas.
Naturalmente, todos os indivíduos a quem os dados são transmitidos têm a obrigação de os manter confidenciais e de as utilizar apenas para proteger os menores à sua guarda de algum risco.
Entretanto, a polícia britânica já tem divulgado informações acerca de criminosos sexuais cadastrados, de forma controlada, a diretores escolares, professores e gestores de centros infantis.
Segundo as autoridades, este programa permitiu proteger cerca de 60 crianças com contra este tipo de agressores sexuais.