Os investigadores descobriram que os jovens que crescem em famílias estáveis com boas relações com os pais têm uma maior probabilidade de serem mais ativos e de comerem e dormirem bem, além de registarem uma menor probabilidade de ser obesos.
Surpreendentemente, o estudo concluiu que, no que diz respeito ao desenvolvimento da obesidade, a relação entre mãe e filho (crianças do sexo masculino) importa bastante menos do que a relação entre pai e filho.
“Muita da pesquisa feita até agora sobre a influência dos pais foca-se na influência da mãe ou na influência combinada dos dois”, explica Jess Haines, especialista em relações familiares e nutrição e autora do estudo.
“Os nossos resultados sublinham a importância de examinar a influência do pai no crescimento das crianças e de desenvolver estratégias que ajudam o mesmo a ensinar comportamentos saudáveis”, acrescenta.
Neste estudo participaram mais de 3.700 mulheres e 2.600 homens, todos com idades entre os 14 e 24 anos e participantes no “Growing Up Today Study 2”, um projeto criado em 1996 para estudar os factores que afetam o peso e a saúde das pessoas ao longo da sua vida.
Todos os anos cerca de 26.000 jovens participam no estudo através de várias universidades nos EUA. "As conclusões preliminares indicam que a relação entre pai e filho tem uma influência mais forte sobre os rapazes que a relação entre a mãe e filha tem sobre as raparigas", disse Haines.
"Um nível elevado de problemas familiares pode interferir no desenvolvimento de comportamentos saudáveis, pois estas famílias sentem mais dificuldade em adotar hábitos saudáveis, o que pode levar ao excesso de peso", conclui a investigadora.
O estudo foi publicado no Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.