Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) indicam que a população em risco de pobreza em Portugal diminuiu ligeiramente em 2008, face ao ano anterior, passando de 18,5 para 17,9%. Apesar disso, o risco agravou-se no caso dos dese
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) indicam que a população em risco de pobreza em Portugal diminuiu ligeiramente em 2008, face ao ano anterior, passando de 18,5 para 17,9%. Apesar disso, o risco agravou-se no caso dos desempregados e de casais com mais de dois filhos.Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo INE em 2009, relativo aos rendimentos de 2008, a taxa de risco de pobreza caiu 0,6 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior, com o risco de pobreza nos idosos a baixar de 22,3% em 2007 para 20,1 em 2008.
Já as famílias com crianças dependentes mantiveram o risco observado em 2007: 20,6%. O maior risco de pobreza verificou-se em agregados constituídos por dois adultos com três ou mais crianças a cargo (42,8%), mais de dez pontos percentuais acima dos 32% de 2007.
O risco de pobreza agravou-se ainda para os desempregados (de 34,6% para 37%), mas diminuiu no caso dos reformados, passando de 20,1 para 17,4%.
De acordo com o INE, também o fosso entre ricos e pobres diminuiu em 2009, apesar da população residente em Portugal continuar a caracterizar-se por uma “forte desigualdade” na distribuição de rendimentos.
Segundo o coeficiente de Gini – que mede a desigualdade – o fosso baixou em 2009 para os 35,4%, evidenciando uma “melhoria no distanciamento entre a população com maiores e a população com menores rendimentos”.