Desta forma, as empresas nacionais, a exemplo das suas congéneres internacionais, têm obrigatoriamente de saber lidar e conseguir acompanhar o impacto desta transformação digital nos seus negócios, ao mesmo tempo, que reconhecem a necessidade de (re)qualificar os seus profissionais. Uma chave fundamental para aumentarem a competitividade e diferenciarem os produtos e serviços.
As constantes inovações tecnológicas e as modificações digitais daí provenientes, com que nos deparamos, estão a impulsionar mudanças disruptivas nos modelos de produção e de negócio. Atualmente, assistimos a uma profunda disrupção em todos os setores de atividade, ao proporcionarem a entrada de empresas de áreas inteiramente distintas em mercados considerados estáveis, como é exemplo, o impacto que a Tesla e a Google, enquanto novos paradigmas de transporte, estão a ter no mercado. Ou o caso dos Smart watches para a indústria relojoeira tradicional. Estas mudanças obrigam as empresas tradicionais a reinventarem-se e a apostarem a fundo em novas tecnologias, porque só assim irão conseguir acompanhar esta nova Era. Em outros setores, este impacto é já sentido de forma mais acentuada, como são os casos da banca, dos transportes e do alojamento, entre muitos outros.
Mas… Como é que as organizações conseguem, de facto, acompanhar esta transformação digital? E automatizar os seus processos?
A resposta a todos estes desafios, passa sempre pela definição de uma estratégia de integração de novas tecnologias e, para tal é necessário, numa primeira fase, avaliar a atual maturidade digital e definir objetivos claros para os próximos cinco anos, dando prioridade a medidas que irão proporcionar maiores benefícios à empresa.
Num passo seguinte, importa que os profissionais tenham a capacidade para se adaptarem e conseguirem assim tirar partido destas novas transformações. De forma simples, é importante que sejam identificadas quais as qualificações relevantes e utilizá-las para dar novas competências às suas equipas, apostando fortemente na formação e na criação de novos empregos face aos recentes requisitos de perfis profissionais solicitados pela indústria. Importa ainda realçar, que para uma empresa adotar uma cultura digital, todos os colaboradores deverão estar alinhados com esse objetivo, no modo como pensam e agem.
Após implementada esta ação, deve ser considerado o estabelecimento de parcerias com empresas digitais líderes, de forma a acelerar o processo de inovação digital e, ao mesmo tempo, atrair competências que permitam fazer face às necessidades do tecido empresarial. Por outro lado, é também fundamental o desenvolvimento de produtos e serviços com valor acrescentado, ou seja, conectados ou inteligentes e com menor time-to-market, de forma a ir ao encontro das necessidades dos consumidores. Os verdadeiros avanços na performance ocorrem quando se procura ativamente entender os comportamentos dos Clientes, pois isso irá definir qual o papel da empresa num futuro ecossistema de parceiros, fornecedores e Clientes.
Por último, mas extremamente importante, é o desenvolvimento da capacidade de identificar e reunir a melhor informação, analisando-a de forma eficaz para uma tomada de decisão mais esclarecida. É crucial utilizar os dados para melhorar os produtos e os processos, estabelecendo ligações diretas entre o processo de decisão e o desenvolvimento de sistemas inteligentes.
Num mundo cada vez mais digital, avançado e extremamente competitivo, a Indústria 4.0 representa assim uma oportunidade para as empresas portuguesas se modernizarem, numa economia cada vez mais global. Deste modo, é essencial que o tecido empresarial português reconheça a importância e a necessidade de se modernizar, adaptar e criar produtos de maior valor acrescentado. Portugal tem fileiras de excelência como o têxtil, o calçado, a agroindústria e também startups com produtos inovadores e, grande parte delas, na área tecnológica.
E a sua empresa está já preparada para dar o salto e tornar-se totalmente digital?
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