No passado mês de Maio, o governo indiano passou a proibir a utilização de golfinhos em cativeiro para entretimento. A Índia torna-se assim um dos poucos países do mundo onde é proibido usar golfinhos em espetáculos.
No passado mês de Maio, o governo indiano passou a proibir a utilização de golfinhos em cativeiro para entretimento. A Índia torna-se assim um dos poucos países do mundo onde é proibido usar golfinhos em espetáculos.
Numa declaração oficial, o ministro do Ambiente indiano afirmou que o governo da Índia passará a “recusar qualquer proposta de privados ou empresas para importar ou capturar golfinhos com objetivos de entretenimento ou exibição”.
A declaração, citada pelo portal de Environment News Service, acrescenta que os golfinhos sofrem “sérios problemas de saúde” quando vivem em cativeiro “o que compromete seriamente o bem-estar e a sobrevivência de qualquer cetáceo, alterando o seu comportamento e criando um stress profundo”.
O ministro criticou ainda os vários países, em todo o mundo, que continuam a apostar na exploração dos golfinhos como fonte de entretenimento lucrativo. “Os cetáceos são animais muito inteligentes e sensíveis” e “vários cientistas já confirmaram que devem ser encarados como ‘pessoas não humanas’” pelo que “é moralmente inaceitável mantê-los em cativeiro”, disse o governante.
Em todo o mundo, menos de uma dezena de países adotaram esta proibição no seu território. Neste momento, pelo menos a Suíça, a Noruega, o Luxemburgo, a Eslovénia e o Chipre aderiram a esta proibição.
A Suíça, um dos países que aderiu mais recentemente à proibição, adotou a medida após a morte de dois golfinhos, que viviam num parque temático do país, e que morreram devido a excesso de antibióticos.
Segundo a Oceanic Preservation Society (EUA), em mar aberto, um golfinho vive em média 50 anos. Em cativeiro, esses mamíferos dispõem de uma área, para nadar, muito inferior à que poderiam usufruir em seu ambiente natural, o que reduz consideravelmente o seu tempo de vida. Muitos destes golfinhos desenvolvem depressão e comportamento autodestrutivos.
Notícia sugerida por Nuno Fonseca