O tesouro, milhares de colares, peças e pedras preciosas, escondido há 140 anos, encontra-se em pelo menos seis esconderijos subterrâneos do templo. Segundo fontes não oficiais citadas pela BBC, o tesouro poderá valer mais de 25 mil milhões de rupias (perto de 400 milhões de euros).
O templo, consagrado ao deus Vishnu, foi construído no século XI pelo rei Travancore, e acredita-se que as joias tenham sido ali enterradas pelos marajás da família.
Lendas locais dizem que os Reis da família Travancore esconderam grandes riquezas dentro das grossas paredes de pedra do templo.
Desde que a Índia se tornou independente em 1947, o templo é controlado por uma fundação dirigida pelos descendentes da família real de Tranvancore. Mas na sequência desta notícia, o Tribunal Supremo indiano ordenou que a partir de agora o templo fosse gerido pelo Estado, para garantir a conservação dos bens ali encontrados.
Tudo começou quando um advogado local, Sundar Rajan, entrou com um processo no Tribunal Kerala exigindo o controlo do templo, sob o argumento de que os atuais seguranças eram incapazes de proteger a riqueza do local, por não terem uma força de segurança própria.
Anand Padmanaban, advogado de Sundar Rajan, estava presente quando os observadores nomeados pelo Tribunal Supremo abriram as câmaras do tesouro.
“Os tesouros incluem correntes de ouro muito antiga, diamantes e pedras preciosas que não podem ser avaliados em termos de dinheiro”, disse à BBC.
“Muitos desses objetos eram muito antigos, remontando ao século XVIII. Como não podiam contabilizar o valor, está a ser pesado”, continuou Rajan.
As declarações foram feitas quando, segundo o advogado, apenas duas câmaras tinham sido abertos.
Após a descoberta o templo passou a ser protegido por uma centena de homens armados, e equipado com alarmes e câmaras de vigilância, indicou Oommen Chandy, ministro e chefe daquele estado.
Entretanto a “caça ao tesouro” foi interrompida temporariamente já que não foi possível abrir mais que as portas exteriores da sexta abóbada. Um muro de ferro impediu os observadores do Supremo Tribunal de entrar na sexta câmara, que terá sido aberta pela última vez há 136 anos atrás, de acordo com registos do templo.
Historiadores dizem que será muito difícil conhecer o valor real do tesouro. A dúvida persiste também em relação a quem pertencem os artefatos se ao templo, e à família que o construiu, ou ao estado.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]