Um cibercafé africano acaba de trocar os computadores tradicionais por equipamentos que têm conquistado cada vez mais os utilizadores: os tablets. Abriu esta segunda-feira em Dacar, no Senegal, o primeiro "tablet café" do mundo.
Um cibercafé africano acaba de trocar os computadores tradicionais por equipamentos que têm conquistado cada vez mais os utilizadores: os tablets. Abriu esta segunda-feira em Dacar, no Senegal, o primeiro “tablet café” do mundo, um café que permite aos clientes o aluguer destes dispositivos e que conta com o apoio da gigante Google.
O espaço foi inaugurado no bairro histórico de Medina, no centro da capital senegalesa, e surgiu da transformação do antigo cibercafé Equinox num novo conceito, batizado “Tablette Café”, que foi apresentado ao público pelo seu proprietário, o senegalês Médoun Seck, e pelos líderes da Google em África.
A apresentação do projeto gerou grande curiosidade, maioritariamente entre estudantes de telecomunicações, visto que a novidade traz vantagens. “Estes aparelhos consomem 25 vezes menos eletricidade que um computador normal e podem continuar a funcionar quando há apagões”, ilustra Tidiane Dème, responsável da Google na região francófona do continente, citada pela AFP.
Dème destaca que este é “o primeiro tablet café do mundo” e explica que, para testar o modelo, Médoun Seck foi apoiado financeiramente pela multinacional com vista a adquirir os tablets diretamente aos fabricantes.
Poupanças permitem investir em Internet mais rápida
De acordo com uma publicação feita no blog oficial da Google em África, os computadores foram substituídos por 15 tablets “que podem ser alugados ao preço de uma sessão normal num cibercafé, cerca de $0,60”.
Durante a passagem pelo estabelecimento, os clientes que usem os tablets “vão encontrar aplicações populares prontas a utilizar e podem também fazer o download direto de qualquer aplicação à escolha”.
Além disso, podem desfrutar do equipamento “sentados confortavelmente no sofá”, optar, por exemplo, por um espaço mais privado para uma videoconferência ou ainda ligar o tablet a um teclado sem fios para facilitar a escrita.
No final da sessão, a equipa ajudará os clientes a reiniciar o equipamento e a restaurar as definições de fábrica “para garantir que todos os dados privados presentes no dispositivo são apagados definitivamente”, esclarece a Google, que garante estar entusiasmada para observar que resultados este novo conceito irá produzir.
“Esperamos que as pessoas que vivem em Dacar passem pelo café para tentar algo novo”, concluem os responsáveis da empresa. Segundo a multinacional, as poupanças geradas pelos menores gastos de eletricidade – já que os tablets consomem menos e não exigem ventilação – “poderão ser usadas para investir na obtenção de ligações mais rápidas à Internet”.
Notícia sugerida por Maria da Luz, Vítor Fernandes e Maria Manuela Mendes