Pela primeira vez cientistas norte-americanos conseguiram com sucesso fabricar uretras, tubos urinários, em laboratório, a partir das células dos próprios pacientes, cinco crianças mexicanas cujo tecido estava danificado.
Pela primeira vez cientistas norte-americanos conseguiram com sucesso fabricar uretras, tubos urinários, em laboratório, a partir das células dos próprios pacientes, cinco crianças mexicanas cujo tecido estava danificado.Esta é a primeira vez que se usam as próprias células dos pacientes para criar um canal urinário e implantá-los com sucesso, conforme refere a revista médica “The Lancet”, onde foi publicado o avanço médico.
A investigação foi levada a cabo por cientistas do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, EUA, e o Laboratório de Engenharia de Tecidos do Hospital infantil do México Federico Gómez, na cidade do México.
Os seis anos depois os cientistas confirmam o sucesso da reimplantação das uretras que funcionam normalmente nos cinco pacientes, que tinham idades entre os 10 e os 14 anos na altura.
Sem este tratamento revolucionário os rapazes teriam de recorrer a um método artificial com 50% de hipóteses de falharem, ou enfrentar uma vida com problemas de incontinência urinária e repetidas infeções urinárias.
“Completamente criadas em laboratório, estas uretras, canais vivos que transferem a urina da bexiga, demonstram o poder das terapias celulares”, defende o Professor Chris Mason, da University College of London, citado pela BBC.
“Usar células vivas como “remédios” é um passo significativo na prática clínica.” Terapias celulares complementam medicamentos e outros mecanismos que visam curar muitas das novas carências médicas desta geração, incluindo cegueira, diabetes, falência cardíaca”, entre outras, concluiu o mesmo responsável.